junho 05, 2008

De volta pra casa...



































"Para ser

grande,

sê inteiro:

Nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive"




Bem gente aqui estou eu preparado para retornar ao meu país de origem: Brasil! Quero dizer que foi muito bom ter tido essa oportunidade de percorrer um pouco através dos tempos e das origens de diversos povos tão diferentes, e ao mesmo tempo, tão parecidos conosco! Agradeço a Deus, minha família e a todos que torceram por mim nessa jornada! E também ao pessoal da Experimento que me proporcionou as viagens e resolveram as minhas broncas diárias.

Grande abraço e uma homenagem ao Fernando Pessoa!

Hugo Otávio Delleon de Moura Gomes


Eu no Aeroporto de Lisboa pronto para retornar ao Brasil


Fernando Pessoa e eu em frente ao restaurante que frequentava na época "A Brasileira".

junho 02, 2008

Palácio da Pena


O Palácio da Pena surgiu em 1839, quando o rei consorte D. Fernando II adquiriu as ruínas do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena para o adaptar a um palácio. O edifício original, em tempos ocupado pelos monges Jerónimos, data de 1503. A fachada principal do convento foi mantida, à semelhança do que aconteceu com a igreja e com o claustro, cujas galerias se encontram cobertas de azulejos.Nascido na Alemanha, D. Fernando II trouxe para Portugal a arquitectura romântica germânica. O palácio, um projecto do Barão Eschwege, inspirou-se nos palácios da Bavária e juntou influências Mouras, Góticas e Manuelinas.Nos anos 90, o palácio foi alvo de uma significativa restauração e a maior alteração é visível ao longe: a sua pintura em côr-de-rosa e amarelo. Apesar de ter chocado os habitantes de Sintra, habituados a verem-no 'vestido' de cinzento, estas eram, na realidade, as cores originais do Palácio da Pena! O quarto monumento nacional mais visitado em Portugal está mobilado com peças características da altura em que surgiu e conta com excelentes vistas sobre os arredores.

Castelo dos Mouros


Sobranceiro à vila de Sintra ergue-se o principal testemunho material dos mais de quatro séculos de presença árabe em Sintra. Embora já pouco mantenha da sua estrutura original, dadas as profundas obras de reconstrução do século XIX, ordenadas por D. Fernando II, consorte de D. Maria II, o Castelo dos Mouros ficará para sempre associado a herança muçulmana na Península Ibérica, se mais não fosse pelo nome que ostenta.


A sua implantação sobre um forte maciço rochoso aproveita as características do terreno como defesas naturais, que a NO e N tornam as muralhas intransponíveis e lhe dão um ar imponente, sobretudo quando observadas a partir da vila. Embora possa passar despercebido ao visitante, o Castelo dos Mouros era formado por duas cinturas de muralhas, podendo ser observados vestígios da exterior a Oriente, logo após a entrada no recinto do castelo. A cintura interior é ameada e reforçada cinco torres quadrangulares e uma circular.



A Torre de Menagem foi atingida por um raio em 1636 e o terramoto de 1755 danificou-a também com gravidade. Aliás, quando D. Fernando II tomou a seu cargo as obras de reconstrução do castelo, sabemos que este se encontrava já em avançado estado de degradação.No ponto mais elevado das muralhas, na Torre Real, para onde se ascende por uma escadaria de 500 degraus, terá vivido o célebre poeta



Bernardim Ribeiro, onde certamente não lhe faltariam motivos de inspiração lírica. Com efeito, passeando pela serpenteante muralha, que ora sobe, ora desce, ora se encurva, ao sabor dos caprichosos contornos dos penedos sobre os quais assenta, os visitantes podem admirar um magnífico cenário de terra e mar. Este caminho pelo topo da muralha, característico em muitas fortalezas medievais portuguesas, tem o nome de adarve, vocábulo de origem árabe, adz-dzir-we, que significava muro da fortaleza. Mais tarde passou a designar o topo do muro, isto é, o caminho que circunda a muralha. Guarnecido com um parapeito, o adarve era um elemento imprescindível nos castelos, pois além de caminho de ronda, constituía a linha ideal, elevada e protegida, para os atiradores defensivos. Não que em Sintra houvesse muito para defender. Na verdade, apesar da sua inexpugnabilidade, o castelo de Sintra funcionou sempre mais como ponto de vigia do que como fortaleza defensiva. Se é um facto que nunca foi tomado pela força, a verdade é que isso também nunca foi tentado, tendo-se rendido sempre que Lisboa era tomada. Esta subordinação militar a Lisboa prolongar-se-ia aliás mesmo após a reconquista, como o comprova o foral de 1154.


De referir ainda a existência no perímetro do castelo de uma igreja românica, abordada em Sintra Medieval.
O castelo tem cerca de 450 m de perímetro e cobre uma área de cerca de 12.000 m2

Quem foi Fernando Pessoa?

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.


Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, Fernando António Nogueira Pessôa, ou simplesmente "Fernando Pessoa", como preferia assinar, nasceu em 1888 em Lisboa, Portugal, e faleceu 1935, nessa mesma cidade. Quando de sua morte, quase a totalidade de sua obra ainda permanecia inédita: apenas alguns de seus escritos tinham sido publicados emr evistas, jornais etc...
O poeta, que escrevia também em outros idiomas (como inglês e francês), em 1934 publicou seu único livro em língua portuguesa, intitulado Mensagem, o qual, grosso modo, versa a respeito da história de Portugal e dopovo português, de um ponto de vista bastante particular e diferenciado, por exemplo, de Os lusíadas de Luís de Camões.



Extremamente inteligente e talentoso, Pessoa inovou a poesia, extrapolando as características estéticas do período Modernista, no qual estava inserido. Cada vez mais leitores têm descoberto o valor do escritore do pensador Fernando Pessoa, homem que teve a capacidade, entre outras coisas, de "teatralizar"poeticamente, por meio de estilos de escrita diferenciados, múltiplas facetas interiores do ser humano, indo muito além de pseudônimos, para criar heterônimos, como representantes contundentes dos "eus" que habitam dentro de todos nós. Daí uma das razões da atualidade de seus textos, bastante adequados às realidades íntimas da alma, problematizadas nos contextos do mundo de hoje.
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, in Mensagem