junho 24, 2011

Meu calcanhar de Aquiles


"Segundo a mitologia grega, quando nasceu seu filho Aquiles, Tétis, esposa de Peleu, rei de Ftia, na Tessália, pretendeu que seria imortal. Para tanto, passou ambrósia no corpo dele e o mergulhou no rio Estige, cujas águas deveriam torná-lo invulnerável.

Mas houve um descuido. Ao fazê-lo, segurou-o por um calcanhar, a única parte de seu corpo que não recebeu o banho mágico. Foi sua perdição. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi morto por Páris, que lhe desfechou uma flecha envenenada, atingindo-o no pé desprotegido."

Todos nós temos o nosso "calcanhar de Aquiles". Irei revelar o meu. Muitos já conhecem; outros, acham bobagem, 'frescurite'.

Acredito que meu calcanhar de Aquiles seja ter o sentimentalismo um pouco mais aguçado. Acho que aprendi e desenvolvi com o tempo, sendo difícil me tornar um casca grossa. As palavras inundam meus sentimentos, solapando minhas certezas e incertezas.

Já tentei largar desse ponto fraco. Não consigo. Somos dotados de sentimentos: uns mais demonstráveis; outros menos. 

Apesar de várias pessoas acharem que não, esse meu calcanhar de Aquiles é, de fato, meu maior ponto fraco!

Por: Hugo Otávio
data: 24-06-2011 

junho 17, 2011

Luta contra os moinhos de vento

"Dom Quixote e Sancho Pança chegaram a um local onde havia trinta ou quarenta moinhos de vento. Dom Quixote disse a Sancho Pança que havia dezenas de míseros gigantes que ele ia combater. Sancho pediu para Dom Quixote observar melhor, pois não eram gigantes e simplesmente moinhos de vento. Dom Quixote aproximou dos moinhos e com pensamento em sua deusa, Dulcinéia de Toboso, á qual dedicava sua aventura , arremeteu, de lança em riste, contra o primeiro moinho. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe. Sancho socorreu-o e reafirmou que eram apenas moinhos. Dom Quixote, respondeu que era Frestão, quem tinha transformado os gigantes em moinhos."

Sinto-me, às vezes, como Dom Quixote, lutando contra os moinhos de vento! 
São lutas incessantes, por vezes, ilusórias, mas acredito que os sonhos não devem perecer, pois se desistirmos deles, de que viveremos?
Estou cansado...
Continuarei lutando... contra os moinhos de vento!

Por: Hugo Otávio
Data: 17/06/2011


junho 10, 2011

Sob pressão!

Por que tudo "é para ontem"?
Por que precisamos estar sob intensa pressão?

junho 08, 2011

Vontade de escrever


Às vezes penso em escrever tudo que estou sentindo...
Mas são tantas tribulações,
Reveses,
Tantos pensamentos desconectados,
Segmentados...
Como se acelerassem uma turbina interior...

De repente,
Bate a repulsão...
Por que escrever se não resolverei os meus problemas?

Fuga.
As palavras são derramadas em lugar de lágrimas,
O papel, mesmo que virtual, representa o molde,
O arcabouço da minha estrutura...
Que se faz,
Refaz,
Se desfaz...
E continua em processo de aprimoramento...

Ah, que vontade de escrever!
Onde estão as palavras...
Fugiram de mim...

Onde se esconderam?

Por: Hugo Otávio
Data: 08-06-2011

junho 04, 2011

O irreverente "bom" selvagem

Peço permissão à publicação da mesma foto do blog MH², O bom selvagem no divã

O bom selvagem, no lento e calmo balanço de sua rede, após tanto pensar, decidiu tornar-se irreverente. Tão cansado ficou por tentar desbravar o forte rio e lutar contra as correntezas, decidiu mostrar seu verdadeiro espírito de guerreiro. Levantou-se da rede, escapuliu por entre as matas e foi até aqueles da tribo hipócrita e individualista. Aumentou seu tom de voz, fez-se não mais de inocente, mas aparentou uma expressão de raiva e coragem. No meio de tantos reveses, expressou-se e, radicalmente, pôs fim ao plano dos inimigos disfarçados. Sim, esses indivíduos que se camuflam por peles falaciosas, entrecobrindo-se de sorrisos esbeltos, largos, pomposos.

Talvez o bom selvagem deixou de ser plenamente bom. Mudou de vida. Agiu. Por menor que fosse seu alcance, tem a plena convicção de que alcançou longos alvos. Desmascarou e mostrou que tem opinião própria, é defensor de suas convicções, e continuará desbravando as correntezas em favor do que verdadeiramente acredita. O tempo de angústia passou. Renasce a chama da irreverência em meio à tanta corrupção social. Estará ele sozinho nessa guerra? Quando descansará em paz na sua calma e confortável rede?

Por: Hugo Otávio
Data: 04/06/2011