agosto 17, 2011

Vultos da noite


Meus passos são acelerados...
O olhar, atento a qualquer movimento,
Cada esquina, cada rua, cada sinal...
As imagens são distorcidas,
Apesar de minha visão está plenamente em atividade,
Porém,
Vejo vultos,
Não enxergo o verdadeiro ser que ali está,
Dissimulado, disfarçado, destemido...

Abruptamente,
Desvairando-se naquela atmosfera,
Persecutória,
Violenta,
Nebulosa...
Sinto que a noite fria não foi feita para mim...
Sinto-me como uma presa
Fugindo do predador voraz
Com dentes afiados
Rangendo para me tragar...
Camuflado entre os cubículos do enegrecido ambiente...


Fujo!
Impetuosamente...
Fujo!
Da imensidão fervorosa que quer me tragar...
Fujo!
Da violência sombria e desleal...
Fujo!
Fujo!
Fujo!
Dos vultos da noite...
Do teu olhar...

Data: 17/08/2011
Por: Hugo Otávio

3 comentários:

Bruniele Souza disse...

Por que tanto medo desse olhar, doce amor? Esse "bicho papão" está dentro de você mesmo...Acredite, ele não é tão pavoroso quanto se mostra ser...
bjus, te amo!

Mente Hiperativa disse...

Você parece sempre estar fugindo de 'algo'...

De que será que tens tanto medo? Qual parte de si mesmo tanto insistes em não confrontar?

JUNIOR DINIZ disse...

o olhar do mundo..sempre estamos a nos esconder nos desviando dos olhares q nos condenam e da violencia q se da no dia-a-dia.....