Chegava eu à clínica privada, reforço, privada, da cidade e me deparo com um idoso, com uns 70 e poucos anos, em frente à entrada da clínica, aguardando para ser atendido. Isso mesmo! Filas enormes para um atendimento em prol da saúde! Assim que eu entrei, estava ele lá, ofegante, cansado, mal respirava direito. Sentou-se sobre o leito e, após alguns minutos, levantou-se pois não conseguia aspirar o ar gratuito naquela sala.
Eram diversos pacientes, inclusive eu era um deles. Cada um com uma queixa, das mais distintas, porém, meus olhos fitavam naquele idoso, chapéu na cabeça, provavelmente pertencia ou morava em algum sítio próximo à cidade. "Esqueci" por um momento a minha dor, que estava me incomodando demasiadamente, e parei para refletir o quanto a nossa saúde está precária (e isso não é nenhuma novidade!). Porém, até em locais privados, a demanda está se alastrando assustadoramente e ninguém faz nada em favor de melhoria. Quem tem condições financeiras ou algum plano de saúde, busque seus direitos! Infelizmente é assim...
Mas, o que me aflige é: saúde tem preço, nem todo mundo tem condições para pagar por ela (mesmo já pagando) e os que conseguem pagar, ainda "pagam o preço caro" de longa espera e, por vezes, mal atendimento!
Até quando iremos perecer no quesito saúde de qualidade? Quantos terão de morrer por falta de atendimento? Como iremos chamar mais a atenção de que a saúde necessita de urgência? Quantos olhos cansados, aflitos e desesperançosos irei observar e constatar para ter minha alma partida por tanto sofrimento?
Por: Hugo Otávio
Data: 31/08/2011
2 comentários:
Olá Hugp
Lamentável toda sua narrativa e questionamentos. Saúde e Educação os políticos só lembram na hora da eleição, depois que se dane o povo.
Grande abraço
É uma luta que teremos que encarar não só como cidadãos, mas também como profissionais de saúde.
O que faremos? O que podemos fazer?
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