novembro 11, 2010

Feridas da HIPERMODERNIDADE

depressao.jpg 
 
Vivemos num tempo em que os relógios não marcam mais...
Em que os dias passam ligeiramente e não voltam atrás
Época em que não há tempo para comer ou dormir
Não há tempo para ninguém se divertir
A violência nos põe medo de sair
A moda diz que todo mundo tem que fingir...
Que a beleza é a perfeição a qual ninguém pode atingir
 
O amor? Este sentimento empobrecido...
Quase ninguém quer amar...oh sentimento esquecido
A juventude desfruta o prazer que julga ser merecido
Iludindo pobres corpos errantes e sem sentido
 
Não há mais tempo a ser dedicado
Ao outro, por nós, tão desejado
Espera-se a perfeição de algo outrora idealizado
Quem se importa em querer cuidar quando melhor é ser cuidado?
Já caminham lá fora aqueles corações reciclados
Que como lixo à própria sorte foram lançados
 
Não se valoriza mais o sorriso da criança
E é louco quem quer preservar sua infância
Aquele que ainda precisa ter esperança
Que o agora poderá se tornar apenas uma triste e vaga lembrança
 
É nesse momento de tristeza
Que a dor se torna em certeza
Fomos esmagados por nós mesmos!
Numa tentativa de alcançar
Aquela felicidade egoísta, sadomasoquista...
Agora estamos perdidos e sem rumo
Sem saber ao certo como será nosso futuro
Carregando feridas as velhas sem cura
Por este caminho tão perverso e obscuro
 
Sim, estamos... tecnologicamente...mas estamos...
No tempo da incerteza, na época da desventura
Onde ser errado é ser certo
E o certo desfila por aí encapuzado de preto
Escondido com medo de ser pego
Pelas leis que enfeitam os papéis
E pelas palavras que fogem porque já perderam o seu valor
A paisagem se tornou cinzenta... já manchou a cor
É a hipermodernidade
Já sangram o desespero e a dor...
 
BRUNIELE SOUZA
10/11/2010

4 comentários:

Anônimo disse...

Seu texto arremete muito ao que escrevi hoje pela manhã. Que mundo é esse, porque o relógio não para um pouco.

Abs

Mente Hiperativa disse...

EXCELENTE o texto, já roubei pra o MH!!! rsrsrsr

Eu sempre achei que esse mundo fosse muito corrido, um dia surtei e larguei tudo, nao eh nem que eu quisesse, mas eu precisava de um tempinho pra mim, somente pra mim e mais nada.

O mundo ta assim msm, ditando a moda, incitando o nao-amor... "O mundo esta ao contrario e ninguem reparou". Mas podemos começar a fazer diferente, a tentar fazer diferente e mudar alguma coisa nisso tudo.

Bruni tem blog? Se tiver me manda o link =D
E se n tiver diz a ela que ela PRECISA fazer, precisa divulgar sua palavra. A gente precisa ouvi-la.

Abraço

Bruniele Souza disse...

Olha o meu texto onde está...
humm...
Que bom!!
Somos a marca cruel da ferida ainda sangrando da hipermodernidade...
O homem angustiado pelo "posso tudo" e agora?O que eu faço?
:D
bju meu lindinhooo

Mente Hiperativa disse...

Bruni, vai estar no meu também....

Já copiei (sem autorizaçao, kkkkkkkk) pra botar no MH, tá agendado. Vou assinar com teu nome, embora fosse melhor colocar um link né, você devia ter um blog.