abril 30, 2011

Noite perversa

Não gosto da noite. Esta, sorrateiramente que advém após o entardecer, esconde as sutilezas dos meus passos, ocultando minha própria sombra, não me revelando as armadilhas do caminhar.

É durante a sombria noite que não reconhecemos a face do próximo, o qual, apesar de mascarado durante o dia, em mentiras e hipocrisias, se liberta das máscaras, já que não será reconhecido. Assim, devasta, destrói, rasga, devora...

Sim, é na noite que, pequenos ruídos ecoam no ambiente, preenchendo aquela atmosfera carcomida em nebulosa...

É nessa mesma noite que muitos se arriscam e, por motivos tantos, perdem a vida ou a tem aniquilado, por entre os caminhos da morte.

É a noite, enquanto muitos dormem, que o mistério acorda para festejar.
É nessa mesma noite que meu coração, aflito, busca repousar, no silêncio lancinante dos mais altos sussuros de noite perversa.

Hugo Otávio
Data: 30/04/2011

abril 25, 2011

Você sabe o que é Flash Mob?

Não? Explico. Em inglês, Flash Mob é a abreviação de “flash mobilization”, que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita com a mesma instantaneidade.
No Brasil, a onda de Flash Mob começou em São Paulo e não demorou muito até que ela se espalhasse pelo resto do país. Um dos Flash Mobs mais conhecidos e com maior repercussão é o No Pants, ação cujo nome significa “sem calças” e combate a hegemonia dessas peças do vestuário na composição do visual.
AEROPORTO DE LISBOA

abril 22, 2011

Teste de paciência!


Tá estressado? Vai bater no volante? Xingar alguém? Nada disso vai funcionar. Um vez no trânsito altamente congestionado, o que resta a fazer é esperar. Depois de ficar 4h a passos lentos, pude perceber o estresse advindo dessa angustiante situação. Também não é para menos. Com esse tempo eu tinha até realizado uma viagem para o interior. Mas, o que quero abordar é o fato de que não devemos perder a calma. Fácil? Claro que não. Quem sou eu para falar de não perder a calma. Estou aprendendo que nem sempre as coisas andam conforme planejamos e, cabe a nós, criarmos estratégias para tentarmos minimizar essas adversidades que aparecem pelo caminho. Ouça uma música, leia um livro, olhe para paisagens que você quase sempre não repara, curta o momento. Pense que você tem um emprego, tem uma faculdade, pode ter o domínio de um automóvel... Enfim, comece a olhar o que você tem de bom. Não apenas murmure. Murmuradores não resolvem os problemas, pelo contrário, tornam as ondas de dificuldades ainda maiores! Tá preso no trânsito? Curta-o. Como? Dê seu jeito. Não deixe seu dia ficar ainda mais conturbado... Avance: o sinal verde acabou de abrir!

Por: Hugo Otávio
Data: 19/04/2011

abril 21, 2011

Mude a trajetória!

"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. 
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. 
Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 

Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. 
Se perder um amor, não se perca! 
Se o achar, segure-o!"

Fernando Pessoa


abril 19, 2011

Tenho que reencontrá-la!

Acordei, eram 2h da manhã. Apesar de lembrar de um sonho surreal, meus pensamentos se direcionavam para ela. De ímpeto, comecei a recordar, numa nostalgia atordoante, de sua imagem. Ela era alta, de fisionomia agradável, larga. Todos a admiravam por seu jeito, assim como seu charme, principalmente por meio de seus cabelos. Por meio dela, fiquei enamorado pelas palavras, assim como pela escrita. Ela se chamava Rita de Cássia Coutinho Cunha (tenho essa habilidade de lembrar dos nomes, pois ficava repetindo sempre e, acredito que, por isso, ele ficou na minha memória...). Ela ministrava Redação e Literatura na escola em que estudei meu ensino fundamental. Inesquecível como ela tornava dinâmico o desenrolar da história. Juntos, lemos O CORTIÇO, O GUARANI, MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, POLIANA... E aquelas história ganhavam vida dentro de mim, me faziam enxergar o mundo de uma outra forma... esquecia do que estava em volta para navegar naqueles mares desconhecidos. Lembro-me bem, de nossas discussões em sala, nossas apresentações, as provas... Fui criando um laço muito forte com Rita, sem ela nem perceber. Até que um dia... no final do ano de 2001, queda das Torres Gêmeas, lembram? Pois é... Tive que partir para  morar em outra cidade. Não iria mais continuar perto de Rita. Prometi a ela que enviaria sempre mensagens e poesias, pois ela sempre lia algo antes de iniciar a aula, para a gente. Muitos achavam bobagem, tempo perdido. Para mim, suas palavras soavam e retumbavam no meu coração, pequeno grande coração... 
Prometi que continuaria, onde estivesse, a mandar textos interessantes. Na verdade, eu queria não perder o contato. Por mais que sempre digam que será a mesma, quando partimos, a amizade, por mais forte que seja, é solapada com o tempo, as circunstâncias, as intempéries da vida. Eu ainda não sabia disso. Na minha realidade de criança, acreditava na eternidade das coisas. Não compreendia a fugacidade do tempo. Ah... o tempo! Esse, assassino dos meus bons e indeléveis momentos. Momentos estes que estarão fincados na raiz do meu coração!
Então parti...
E, não sei o que houve, as mensagens não mais chegaram. Eu perdi Rita. Perdi, fisicamente... 
E, nesta madrugada, o sentimento de reencontrá-la se acendeu. Vontade de dizer que estou vivo, que não a esqueci, de contar dos meus dias atuais e saber se ela ainda continua naquela escola... enfim, pretendo encontrá-la! 
Espero que eu consiga! Tentarei. Enquanto isso, fico a lembrar dos tempos bons. Saudosista? Por que não? 

Por: Hugo Otávio
Data: 19-04-2011

abril 17, 2011

Quantos morreram?


MORRERAM 5.000 PESSOAS POR CONTA DE UM TERREMOTO NA...
MORRERAM 100 CRIANÇAS NA...
MORRERAM...

Hoje, no ambulatório de Hematologia, cheguei cedo e juntamente com um amigo estávamos discutindo sobre a morte (interessante que acabei de ler no blog do MH sobre mesmo tema). O que estávamos debatendo antes de iniciarmos a prática foi o quanto a naturalidade da morte se encontra banalizada em nosso meio. Morrer está ficando para além do natural. Isso mesmo. Atente aos noticiários, jornais, situações cotidianas e perceba o quanto os números estão sendo valorizados em detrimento da pessoa humana. Pessoa humana? Pois é... As atrocidades de um mundo perverso e destruidor, por conta da ação do próprio homem, diga-se de passagem, estão permeando um universo banal do morrer. Morreu e acabou-se, é claro. Claro? Será que estamos perdendo a sensibilidade e nos acomodando a situações extremas? Quantos mais precisarão morrer para nos darmos conta da catástrofe que estamos presenciando? Não me venha com frases que "o mundo é assim mesmo", porque isso eu não concordo. É preciso repensarmos o valor de um ser humano, quando por muitas vezes, até um animal de estimação vive como rei, enquanto há pessoas que estão na miséria, sem nada para comer. Não sou contra cuidados de animais de estimação, não! O que quero chamar atenção e, volto para o início do texto, é que estamos nos adaptando a uma realidade desumana, ou seja, que foge aos padrões de bandeiras erguidas por muitos, como o amor à vida, direitos humanos... Nem se tem mais direito para se morrer bem, atualmente. Estranho, não é? Morrer bem... Pois é... Os pensamentos se entremeavam antes do início daquela aula prática. Precisamos lutar para não perder o restinho de sensibilidade que persiste, antes que sejamos encovados dentro de nosso próprio mundo. Que as manchetes não apenas divulguem os números para que entendamos o sublime e real valor da humanidade.

Por: Hugo Otávio
Data: 15/04/2011

abril 15, 2011

Um tempo a sós

Hoje decidi não ir para a aula (13-04-2011). Precisaria abrir a porta para meus avós que chegariam de viagem, umas 01:30 da manhã. Tentei dormir um pouco antes de que eles chegassem, colocando meu celular para despertar. Fazia tempo que eu não os via e, por isso, pensei bem em passar um pouco do meu tempo com eles. Ficamos a manhã toda conversando, rindo, falando da vida. Foi ótimo! Lembro-me, por meio de algumas fotos com eles, como fui cuidado! Foram momentos que apesar de eu não recordar detalhadamente, acredito que foram dias indeléveis!  Como diz minha mãe: "um dia eles se vão...". É verdade. Não apenas meus avós partirão, mas muitas pessoas a nossa volta também. Elas não são imortais, como "pensamos". "Ah, depois faço isso", "Ah, depois eu digo isso...". Será que haverá tempo? Será que a pessoa que você diz gostar e amar estará sempre ao seu lado para ouvir o que você tem a dizer? Pode ter certeza que não. 
Fiquei em casa. Não me arrependi. Tem momentos que, por mais simples que sejam, ficam eternizados na nossa vida. Além disso, pequenas atitudes são uma ínfima demonstração do meu agradecimento por tudo que eles fizeram e ainda fazem por mim!
Pense nisso! Páre um pouco para desfrutar de quem você realmente ama! 
Passe um tempo a sós. Você vai se sentir renovado! E acredite: o sentimento é uma dupla-mão!

Hugo Otávio

abril 13, 2011

Pais Maus

Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes“não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.”
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes. E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Eles insistiam em saber onde estávamos à toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles “violavam as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Eles insistiam sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde. O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.
Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.
Dr. Carlos Hecktheuer
Médico Psiquiatra
Passo Fundo - RS
crhecktheuer@tpo.com.br

abril 12, 2011

Pimenta!

Ele é loirinho, baixinho, incansável, esperto... pestinha! Esse é o retrato do Dênis! Seus pais tiveram que deixá-lo por uns tempos, com os vizinhos. Para quem já conhece a história sabe: não vai sobrar confusão! Pobre do Sr. Wilson que sempre acaba por pagar pelas travessuras do Dênis.
Não pude deixar de assistir a uma parte dessa conhecida aventura. Conheço "pestinhas" assim como o Dênis e fico me imaginando no lugar do Sr. Wilson. Acredito que ia perder a paciência diversas vezes, porém, como foi retratado no filme, após o desaparecimento do Dênis, todos puderam sentir sua falta e constatar que essa é uma das fases "passageira" da infância. Mas, será mesmo???

Por: Hugo Otávio
Data: 12/04/2011

abril 10, 2011

O preço de tudo

Tudo tem seu preço. Quem quiser viver com saúde emocional deve saber que não existe almoço de graça: tudo tem seu preço. Quer ter um bom salário? Não está satisfeito com o que recebe no final do mês? Pague o preço, estude, se atualize! Seu casamento está uma água com açucar? Pague o preço, reveja  suas prioridades, melhore a maneira como trata seu cônjuge, invista na sua aparência e melhore sua autoestima. Quer ser a diferença? Afaste-se do lugar comum, leia livros instigantes, pare de repetir o que outros estão repetindo! Seja autêntico, genuíno, original. Melhor e mais fácil: seja você mesmo!  Não existe felicidade sem uma parcela de esforço humano. Pague o preço e seja feliz: não faça o bem esperando gratidão, faça bem apesar da ingratidão; estude para tirar uma boa nota, mas sobretudo para adquirir mais conhecimento;  acorde cedo e trabalhe duro ou estude muito. Tudo o mais na vida tem o seu preço. 
 
Geraldo Magela

Brincando com a Lua

Fotógrafo profissional e jornalista científico, Laurent Laveder criou a série Moon Games, composta por diversas imagens que mostram pessoas interagindo com a Lua.

Capturando as cenas por um ângulo específico, o artista faz parecer que o satélite está realmente ao alcance das mãos dos homens e mulheres que, posando para as lentes do artista, brincam de jogá-lo para cima, ou pousá-lo na xícara de café.

Especializado em fotos do céu, Laveder faz parte do coletivo The World At Night, que reúne 30 dos melhores astrofotógrafos do planeta.
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Belíssimo trabalho!

abril 07, 2011

Quando a ajuda falta...

Hoje fiquei triste. Sim, às vezes, meu dia não fica tão bom quanto eu gostaria. Talvez eu deva esperar menos das pessoas e não criar tantas expectativas delas. O que ocorreu foi que fui pedir uma certa ajuda, simples, sobre bibliografia e praticamente levei um baita fora, desnecessário por parte da cidadã. 
Perguntei:
- Por quais capítulos você está estudanto essa matéria?
Delicadamente...
- Procura no índice! 
Eu me segurei para não piorar a situação. Claro que eu sabia procurar no índice, né? Mas, o que me chateou mais foi o fato de que sempre que a pessoa pede ajuda, informação, sugestão, estou prestes, e na maior boa vontade, a ajudar.
Agora, quando eu preciso de uma ajudinha... vejam o que acontece!
Fiquei triste. Nessas horas prefiro pensar no quanto as pessoas tem olhado para si e esquecendo os demais. É somente o "Venha a nós...". Mas, e o "Vosso reino", como fica?
É algo a se pensar...
Fiquei triste...
Por essa eu não esperava!

Por: Hugo Otávio
Data: 07/04/2011

abril 05, 2011

Frases interessantes

"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo." (Friedrich Nietzsche)

"Causar um dano coloca você abaixo do inimigo, vingar-se faz comque você se iguale a ele, perdoá-lo coloca você acima dele." (Benjamin Franklin)

"Aquele que luta contra nós fortalece nossos nervos, e aprimora nossas habilidades. Nosso inimigo é nosso auxiliador." (Robert Burton)

"Perdoa a teus inimigos, mas jamais esqueças seu nome." (John F. Kennedy)

"O inimigo que lisonjeia é o mais perigoso." (Pierre Corneille)

"Nunca interrompas o teu inimigo enquanto ele estiver cometendo um erro."(Napoleão Bonaparte)

"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre." (Oscar Wilde)

"O inimigo começa a ser perigoso quando principia a ter razão." (Jacinto Benavente)
"Não há inimigo insignificante." (Benjamin Franklin)

"Contra o inimigo é preciso ou ser valente ou humilde." (Sêneca)