junho 05, 2008

De volta pra casa...



































"Para ser

grande,

sê inteiro:

Nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive"




Bem gente aqui estou eu preparado para retornar ao meu país de origem: Brasil! Quero dizer que foi muito bom ter tido essa oportunidade de percorrer um pouco através dos tempos e das origens de diversos povos tão diferentes, e ao mesmo tempo, tão parecidos conosco! Agradeço a Deus, minha família e a todos que torceram por mim nessa jornada! E também ao pessoal da Experimento que me proporcionou as viagens e resolveram as minhas broncas diárias.

Grande abraço e uma homenagem ao Fernando Pessoa!

Hugo Otávio Delleon de Moura Gomes


Eu no Aeroporto de Lisboa pronto para retornar ao Brasil


Fernando Pessoa e eu em frente ao restaurante que frequentava na época "A Brasileira".

junho 02, 2008

Palácio da Pena


O Palácio da Pena surgiu em 1839, quando o rei consorte D. Fernando II adquiriu as ruínas do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena para o adaptar a um palácio. O edifício original, em tempos ocupado pelos monges Jerónimos, data de 1503. A fachada principal do convento foi mantida, à semelhança do que aconteceu com a igreja e com o claustro, cujas galerias se encontram cobertas de azulejos.Nascido na Alemanha, D. Fernando II trouxe para Portugal a arquitectura romântica germânica. O palácio, um projecto do Barão Eschwege, inspirou-se nos palácios da Bavária e juntou influências Mouras, Góticas e Manuelinas.Nos anos 90, o palácio foi alvo de uma significativa restauração e a maior alteração é visível ao longe: a sua pintura em côr-de-rosa e amarelo. Apesar de ter chocado os habitantes de Sintra, habituados a verem-no 'vestido' de cinzento, estas eram, na realidade, as cores originais do Palácio da Pena! O quarto monumento nacional mais visitado em Portugal está mobilado com peças características da altura em que surgiu e conta com excelentes vistas sobre os arredores.

Castelo dos Mouros


Sobranceiro à vila de Sintra ergue-se o principal testemunho material dos mais de quatro séculos de presença árabe em Sintra. Embora já pouco mantenha da sua estrutura original, dadas as profundas obras de reconstrução do século XIX, ordenadas por D. Fernando II, consorte de D. Maria II, o Castelo dos Mouros ficará para sempre associado a herança muçulmana na Península Ibérica, se mais não fosse pelo nome que ostenta.


A sua implantação sobre um forte maciço rochoso aproveita as características do terreno como defesas naturais, que a NO e N tornam as muralhas intransponíveis e lhe dão um ar imponente, sobretudo quando observadas a partir da vila. Embora possa passar despercebido ao visitante, o Castelo dos Mouros era formado por duas cinturas de muralhas, podendo ser observados vestígios da exterior a Oriente, logo após a entrada no recinto do castelo. A cintura interior é ameada e reforçada cinco torres quadrangulares e uma circular.



A Torre de Menagem foi atingida por um raio em 1636 e o terramoto de 1755 danificou-a também com gravidade. Aliás, quando D. Fernando II tomou a seu cargo as obras de reconstrução do castelo, sabemos que este se encontrava já em avançado estado de degradação.No ponto mais elevado das muralhas, na Torre Real, para onde se ascende por uma escadaria de 500 degraus, terá vivido o célebre poeta



Bernardim Ribeiro, onde certamente não lhe faltariam motivos de inspiração lírica. Com efeito, passeando pela serpenteante muralha, que ora sobe, ora desce, ora se encurva, ao sabor dos caprichosos contornos dos penedos sobre os quais assenta, os visitantes podem admirar um magnífico cenário de terra e mar. Este caminho pelo topo da muralha, característico em muitas fortalezas medievais portuguesas, tem o nome de adarve, vocábulo de origem árabe, adz-dzir-we, que significava muro da fortaleza. Mais tarde passou a designar o topo do muro, isto é, o caminho que circunda a muralha. Guarnecido com um parapeito, o adarve era um elemento imprescindível nos castelos, pois além de caminho de ronda, constituía a linha ideal, elevada e protegida, para os atiradores defensivos. Não que em Sintra houvesse muito para defender. Na verdade, apesar da sua inexpugnabilidade, o castelo de Sintra funcionou sempre mais como ponto de vigia do que como fortaleza defensiva. Se é um facto que nunca foi tomado pela força, a verdade é que isso também nunca foi tentado, tendo-se rendido sempre que Lisboa era tomada. Esta subordinação militar a Lisboa prolongar-se-ia aliás mesmo após a reconquista, como o comprova o foral de 1154.


De referir ainda a existência no perímetro do castelo de uma igreja românica, abordada em Sintra Medieval.
O castelo tem cerca de 450 m de perímetro e cobre uma área de cerca de 12.000 m2

Quem foi Fernando Pessoa?

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.


Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, Fernando António Nogueira Pessôa, ou simplesmente "Fernando Pessoa", como preferia assinar, nasceu em 1888 em Lisboa, Portugal, e faleceu 1935, nessa mesma cidade. Quando de sua morte, quase a totalidade de sua obra ainda permanecia inédita: apenas alguns de seus escritos tinham sido publicados emr evistas, jornais etc...
O poeta, que escrevia também em outros idiomas (como inglês e francês), em 1934 publicou seu único livro em língua portuguesa, intitulado Mensagem, o qual, grosso modo, versa a respeito da história de Portugal e dopovo português, de um ponto de vista bastante particular e diferenciado, por exemplo, de Os lusíadas de Luís de Camões.



Extremamente inteligente e talentoso, Pessoa inovou a poesia, extrapolando as características estéticas do período Modernista, no qual estava inserido. Cada vez mais leitores têm descoberto o valor do escritore do pensador Fernando Pessoa, homem que teve a capacidade, entre outras coisas, de "teatralizar"poeticamente, por meio de estilos de escrita diferenciados, múltiplas facetas interiores do ser humano, indo muito além de pseudônimos, para criar heterônimos, como representantes contundentes dos "eus" que habitam dentro de todos nós. Daí uma das razões da atualidade de seus textos, bastante adequados às realidades íntimas da alma, problematizadas nos contextos do mundo de hoje.
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, in Mensagem

maio 31, 2008

Sintra

Sintra é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, região de Lisboa e sub-região da Grande Lisboa, com cerca de 27. 000 habitantes. É sede de um município com 316,06 km² de área e 409 482 habitantes (2004), subdividido em 20 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Mafra, a leste por Loures e Odivelas, a sueste pela Amadora, a sul por Oeiras e Cascais e a oeste tem litoral no oceano Atlântico.

A vila de Sintra tem recusado ser elevada a categoria de cidade, apesar de ser sede do segundo mais populoso município em Portugal.


A origem de Sintra dilui-se com a da própria Nação. A serra e a planície foram habitadas desde tempos remotos, como atestam a existência de dólmens e necrópoles e ainda outras relíquias como os utensílios pré-históricos em exposição no Museu Municipal.

Da ocupação romana, restam lápides e urnas funerárias, junto do mausoléu circular, no Museu Arqueológico de Odrinhas. Os romanos chamavam à serra de Sintra "Mons Lunae" ou Montanhas da Lua.

Foi conquistada por D. Afonso Henriques aos Mouros em 1147, logo após a tomada de Lisboa; recebeu foral desse mesmo rei em 9 de Janeiro de 1154.

Apesar de manter ainda hoje o estatuto de vila, o concelho possui várias outras com esse estatuto: (Algueirão - Mem Martins, Belas, Colares, Pêro Pinheiro e Rio de Mouro, e ainda duas cidades: Agualva-Cacém e Queluz.
Cidade bem bacana, com castelos e muito para se ver em pouco tempo... Mas os portugueses são bem legais e eu estou me sentindo em casa realmente eeehhe... A presença negra também é marcante, provando a existência de um tenebroso passado de escravidão e sofrimento dos povos africanos. É bom vivenciar a atmosfera dos tempos portugueses, tão comentados nas aulas de História do Brasil e encontrar galera conterrânea também por aqui. E os famosos MC Donalds, é claro hehehe... Estão em toda parte!!! Incrível ahuauhauhuha!
Fui!

maio 30, 2008

Lisboa

Ainda nao cheguei la mas estou a caminho... Previa a respeito da cidade...

Um pouco da história...

Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Ulisses, e que tal como Roma o seu povoado original foi rodeado por sete colinas.

Com a chegada dos celtas estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de língua celta da região.

Os gregos antigos tiveram provavelmente na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os cartagineses por todo o mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono, devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.
A Torre de Belém, um dos monumentos mais famosos de Portugal
A Torre de Belém, um dos monumentos mais famosos de Portugal

Após a conquista a Cartago do oriente peninsular, os romanos iniciam as guerras de pacificação do ocidente. em cerca de 205 a.C. Olissipo alia-se aos romanos, lutando os seus habitantes ao lado das legiões, com a vitória dos romanos é absorvida no império e recompensada pela atribuição da cidadania romana aos seus habitantes, um privilégio raríssimo naquela época para os povos não italianos. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser reconhecida, beneficia do estatuto de municipium, juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, não pagando impostos a Roma, ao contrário de quase todos os outros castros e povoados autóctones conquistados. Foi incluída com larga autonomia na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a actual Mérida (na Extremadura Espanhola).

No tempo dos romanos a cidade era famosa pelo garum, um molho de luxo feito à base de peixe, exportado em ânforas para Roma e todo o império, assim como vinho, sal e cavalos da região. Ptolomeu chamou a cidade de Oliosipon.

No fim do domínio romano Olissipo seria um dos primeiros núcleos a acolher o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Sofreu invasões bárbaras dos alanos, vândalos e depois fez parte do reino dos suevos, antes de ser tomada pelos visigodos de Toledo, que a chamaram de Ulishbona.

Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos mouros provenientes do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura. Só mais de 400 anos depois os cristãos a reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, e ao seu exército de cruzados, em 1147. O primeiro rei português concedeu-lhe foral em 1179. A cidade tornou-se capital do reino em 1255 devido à sua localização estratégica. A seguir à reconquista foi instituída a diocese de Lisboa que, no século XIV, seria elevada a metrópole (arquidiocese).
Terreiro do Paço ou Praça do Comércio
Terreiro do Paço ou Praça do Comércio
Rossio, marco de estilo barroco.
Rossio, marco de estilo barroco.
Rua Augusta, na Baixa Pombalina
Rua Augusta, na Baixa Pombalina

Nos últimos séculos da idade média a cidade expandiu-se e tornou-se um importante porto com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. Em 1290 o rei Dom Dinis mandou estabelecer a primeira universidade de Portugal em Lisboa (que foi transferida para Coimbra em 1308), a cidade então já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.

Dom Fernando I, "o Formoso", construiu a famosa Muralha Fernandina, já que a cidade crescia para fora das muralhas]. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da burguesia, a maior parte do dinheiro que foi utilizado veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.

De Lisboa partiram numerosas expedições na época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama em 1497-1498. A cidade reforça a sua condição de grande porto e centro mercantil da Europa.

Na época da expansão as casas de Lisboa tinham de três a cinco andares, sendo no primeiro uma loja e nos últimos as instalações dos comerciantes. Nesta época havia uma mistura de raças em Lisboa como não se via noutro ponto da Europa. Num livro sobre Dom Manuel I, "o Venturoso", aparece uma imagem que representa a vida quotidiana nesta época: a uma mesa está sentada uma família, dois filhos e um casal, sentada em bancos de três pernas. A decoração da sala é simples, tem um pequeno armário de parede com janelinhas de vidro onde estão guardadas as louças de prata da família e pouco mais. A um canto vê-se uma cortina de seda, presa por aros de ouro, entreaberta. Do lado de lá da cortina parece existir uma cozinha ou adega, onde estão dois serviçais negros. Para além dos escravos, Lisboa era muito frequentada por uma grande quantidade de comerciantes estrangeiros.

É em Lisboa que se dá a principal revolta que causou a Restauração da Independência, em 1640.

No início do século XVIII, no reinado de Dom João V, a cidade foi dotada de uma grande obra pública, extraordinária para a época: o Aqueduto das Águas Livres. A cidade foi quase na totalidade destruída em 1 de novembro de 1755 por um grande terramoto, e reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (daí a parte central designar-se por Baixa Pombalina). A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permite desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada e aberta ao rio Tejo. Ainda no século XVIII e a instâncias de D. João V, o Papa concedeu ao arcebispo da cidade o título honorífico de Patriarca e a nomeação automática como Cardeal (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa").

Nos primeiros anos do século XIX Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, obrigando o rei Dom João VI a retirar-se temporariamente para o Brasil. A cidade ressentiu-se e muitos bens foram saqueados pelos invasores. A cidade viveu intensamente as lutas liberais e iniciou-se uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde, em 1879, foi aberta a Avenida da Liberdade que iniciou a expansão citadina para além da Baixa.

Lisboa tornou-se o palco principal de mais revoltas ou revoluções: a implantação da república em 4-5 de Outubro de 1910, e a Revolução dos Cravos que, em 25 de Abril de 1974, pôs fim ao regime que vigorava desde 1928 (com a designação de Estado Novo desde 1933). Desde esta data, após um período conturbado até 1975, Lisboa e o país têm sido governados por um regime democrático.

Teleférico de Montjuïc


Para nao dizer que so o Rio de Janeiro tem... Olha essa especie de bondinho que tem em Barcelona... É o teleférico hehehe... Cheguei a ir neles sim, é bem legal ter uma visao panoramica de Barcelona la do alto e tirar umas fotinhas... Depois posto, claro! hehehe... Fui! Cópia do Rio de Janeiro??? Será???

Quem foi Gaudí?


ANTONI GAUDÍ (1852-1926)

Tanto quanto pôde, o arquiteto catalão desafiou o equilíbrio estrutural em obras muito pessoais, quase todas erguidas em Barcelona e adjacências, na Espanha. Todas as suas obras são desconcertantes e marcadas pela exuberância formal e técnica...
Gaudí aos 26 anos de idade.

Antonio Gaudí nasceu no dia 25 de junho de 1852, provavelmente na casa identificada com o número 4 da rua de San Vicente, da cidade de Reus, província de Tarragona. Assim afirma J. F. Ràfols, primeiro biógrafo de Gaudí no início de seu livro publicado em 1929.

Muitos anos depois surgiu a hipótese do nascimento em 'mas de la Calderera', de propriedade do pai de Gaudí, em Riudoms. O único documento oficial existente de 1852 é a certidão de batismo da igreja de San Pedro de Reus, que não menciona o local do nascimento. Somente constava a informação que a criança era de fora da cidade. Por escrito, Gaudí sempre disse ser filho de Reus.

Seu pai, Francisco Gaudí Serra, de Riudoms, era um artesão, natural de Calderera, batedor de cobre, e sua mãe, Antonia Cornet Bertran, de Reus, era também de uma família original de Calderera. Deram a Gaudí os nomes de Antón, Plácido e Guillermo, em homenagem à sua mãe, ao seu padrinho e ao santo do dia, respectivamente.

No dia 10 de setembro de 1853 foi crismado também em São Pedro de Reus. Freqüentou, quando adolescente, a escola do professor Francisco Berenguer de Reus, e entre 1863 e 1868 cursou a escola média nos Padres Escolapios. Juntamente com seus colegas de escola, participou como cenógrafo principiante na montagem de peças teatrais. Fez suas primeiras tentativas jornalísticas ilustrando, com gravuras, uma revista manuscrita de doze exemplares de tiragem, intitulada "El Arlequín".

Em 1869, com grande sacrifício, Francisco Gaudí enviou a Barcelona seus filhos Francisco e Antonio para estudarem medicina, o primeiro, e arquitetura, o segundo. Francisco, que nasceu em 1851, graduou-se em 1873, mas faleceu três anos mais tarde.

Entre 1869 e 1873, Gaudí fez os cursos preparatórios no Instituto e na Faculdade de Ciências, já que somente em 1871 foi estabelecida em Barcelona a Escola Provincial de Arquitetura. Existia até então apenas uma modesta Escola de Mestres de obras nos sótãos da Casa Lonja de Mar. Em 1870, junto com dois amigos, visitou o mosteiro de Santa María de Poblet em ruínas, imaginando complexas maneiras de reutilização dos edifícios monacais.

Em Barcelona, Gaudí não conhecia ninguém e como precisava ajudar seu pai no pagamento dos seus próprios estudos, tratou de procurar trabalho entre arquitetos durante os anos de sua formação. A relação com José Fontserè Domènech, o primeiro arquiteto municipal, e seus filhos José e Eduardo, ambos Mestres de obras, permitiu-lhe iniciar o contato com alguns profissionais. Trabalhou para Fontserè nos projetos do parque da Ciudadela e o mercado del Borne.

Enquanto isso, continuava seus estudos de arquitetura na Escola que se encontrava, desde 1874, no segundo andar da nova Universidade na Gran Via, com boas notas. Apesar das afirmações de que foi um mau estudante, ele somente repetiu quatro matérias em toda a sua formação. Permaneceu mais tempo do que o normal na Escola por causa do trabalho de projetista, que exerceu simultaneamente com os estudos e com o serviço militar que iniciou em julho de 1874.

Alguma coisa sobre a sua vida privada se conhece através de uma agenda manuscrita de seus tempos de estudante; mas muito pouco, porque Gaudí não gostava de escrever. Em toda sua vida, só viu uma matéria jornalística sua publicada, em 1881. Em 8 de setembro de 1876 sua mãe faleceu, um mês depois de seu filho Francisco. Isto afetou muito a Gaudí...

Em 4 de janeiro de 1878 foi aprovado nos exames finais e em 15 de março recebia o título de arquiteto. Antes já havia preparado diversos projetos para a Cooperativa Mataronesa de Don Salvador Pagès, que queria que seus operários chegassem a ser donos da fábrica, em uma tentativa socialmente avançada para aqueles tempos.

Gaudí, oriundo da revolucionária cidade de Reus, conheceu pessoas, que agora seriam consideradas como progressistas, e se interessou pelos problemas da classe operária. Diversos autores tentaram atribuir-lhe uma juventude anticlerical e anarquista, mas testemunho de companheiros de estudos desmentem essa possibilidade.

Depois de diversos projetos menores, recebeu a encomenda de projetar uma vitrine para a loja de luvas de Esteban Comella. A vitrine, de bronze, madeira e vidro foi exposta no pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris, de 1878. A obra fascinou a Don Eusebio Güell Bacigalupi, o rico e culto homem de negócios que se fez apresentar ao jovem arquiteto com o qual iniciou uma relação profissional e de amizade que durou quarenta anos, até a morte de Güell, em 1918.

A produção arquitetônica de Gaudí é, em grande parte, dedicada a Güell, em sua villa de Les Corts, seu palácio, sua colônia operária e seu parque, trabalhos que fez simultaneamente com a Sagrada Família, sua obra-prima.

É também dedicada a outros clientes importantes, como o banqueiro Manuel Vicens, Pedro Milà Camps, dono de "La Pedrera", Don José Batlló Casanovas, que lhe encomendou a reforma da casa do passeio de Gracia, os filhos de Pedro M. Calvet, com a casa da rua Caspe, as religiosas teresianas, o bispo de Astorga e Dona María Sagués, proprietária de Bellesguard.

Sua primeira obra notável é a suburbana Casa Vicens (1883-88), de inspiração mudéjar (o gótico semi-islâmico espanhol). Abaixo, uma foto da Casa Vicens, a qual foi a primeira grande encomenda de Gaudí: gótico semi-islâmico espanhol e teto-borboleta.

Sua vida sentimental não foi mais que um início de relacionamento com Pepita Moreu, de Mataró. Morou durante quase 20 anos na casa do Park Güell, e nunca fez nada que não fosse arquitetura. Quase não viajou e nunca participou de política. Era reservado, mas bondoso, e aqueles que conviveram com ele guardaram uma emocionada lembrança.

O último ano de sua vida transcorreu na Sagrada Família, e em 7 de junho de 1926, foi atropelado por um bonde. Foi levado ao Hospital da Santa Cruz e faleceu em 10 de junho de 1926, rodeado de seus colaboradores e amigos. Foi enterrado na capela da Virgen del Carmen, na cripta da Sagrada Família.

Sua imensa obra arquitetônica, original e surpreendente, continua fascinando o mundo muitos anos após sua morte. Foi um fervoroso católico, amigo de vários bispos e sacerdotes que lhe orientavam sobre as disposições litúrgicas dos templos...

... informações que concentrou especialmente na obra da Sagrada Família e também na inacabada igreja da Colônia Güell, em Santa Coloma do Cervelló, onde experimentou de forma magistral seu particular sistema de estruturas a compressão, o qual se manifestou igualmente no pequeno edifício das Escolas Provisórias da Sagrada Família.
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Todas as obras de Gaudí e Emissões Filatélicas a respeito:

Barcelona:

* Igreja de St. Pacià (1879)
* Candeeiros de iluminação pública da Praça Real e da Praça de Palau (1878)
* Casa Vicens (1883-1888)
* Templo Expiatório da Sagrada Família (1883-1926) - VI ESSE!
* Pabellones de La Finca Güell (1884-1887)
* Palácio Güell (1886-1889) - VI ESSE!
* Colégio Teresiano (1888-1889)
* Casa Calvet (1898-1899)
* Torre de Bellesguard (1900-1909)
* Parque Güell (1900-1914) - VI ESSE!
* Porta Finca Miralles (1902)
* Casa Batlló (1904-1906) - VI ESSE! * Casa Milá, ou La Pedrera (1906-1912) - VI ESSE!
* Escolas da Sagrada Família (1909)
* Casa-Museu Gaudí

Catalunha:

* Cooperativa La Obrera Mataronense, em Mataró (1883)
* Cellers Güell, em Garraf (1895-1901)
* Primeiro Mistério da Glória Do Rosário Monumental, em Montserrat (1900-1907)
* Jardins Artigas, em La Pobla de Lillet (1905)
* Refúgio Catllarás, em La Pobla de Lillet / Catllaràs (1905)
* Cripta Güell, em Sta. Coloma de Cervelló – Igreja da Colônia Güell (1908-1917)

Outras cidades da Espanha:

* Casa de 'Los Botines', em Leon (1891-1892), com fachadas para quatro ruas, tem uma torre em cada ângulo. Conheci em 18/05/1998, quando realizava o Caminho de Santiago.
* Vila 'El Capricho', em Comillas (1883-1885)
* Palácio Episcopal de Astorga (1889-1893), mandado construir pelo bispo Juan Bautista Grau Vallespinós. Foi declarado conjunto histórico-artístico, em 1978. Conheci em 23/05/1998, quando realizava o Caminho de Santiago.
* Intervenções na Catedral de Palma de Mallorca (1903-1914)


Templo Expiatório da Sagrada Família


Chamada também de catedral do século XX, é sem dúvida a obra mais conhecida de Gaudí. O projeto começou quando Gaudí tinha 31 anos de idade e foi o último de sua vida, no qual dedicou seus últimos 40 anos. A catedral que deveria ser financiada principalmente a base de doações dos habitantes da cidade, foi paralizada em 1936 devido a guerra civil espanhola...

O Templo deverá ter três grandes fachadas. A fachada da Natividade quase terminada com Gaudí ainda em vida, a fachada da Paixão que foi iniciada em 1952, e a da Glória por realizar-se ainda.

A obra que demonstra a grande transcendência ideológica do autor, se algum dia chegar a ser construída, sobreporia-se a todas as dimensões conhecidas, pois 1.500 cantores, 700 crianças e cinco órgãos caberiam em seu coro.

Subirachs, é o escultor espanhol, contemporâneo, responsável pelas peças em mármore que decoram a parte moderna d'A Sagrada Família, em Barcelona.

Abaixo (lado esquerdo), selo emitido em comemoração ao Congresso Intenacional de Filatelia CIF'60, ocorrido em Barcelona (1960). No centro, bloco "Olymphilex'92", emitido em comemoração a Exposição Filatélica ocorrida em Barcelona, em 29/07/1992. Do lado direito, selo emitido em 2002, com valor facial de 0,50 centavos de Euro.

As 3 emissões filatélicas espanholas mostram aspectos do Templo Expiatório da Sagrada Família.

Realmente essa obra de Gaudi é belíssima pois o mesmo já tinha conhecimentos de arquitetura e engenharia bem avançados para a época hehehe... Realmente merece meus parabéns pela criatividade e diferenciaçao, provando para nos que a mente humana pode alcançar longas distancias, mesmo que as circunstancias digam que nao!


Casa Milá — "La Pedrera"


Frente da Casa


Uma vista para cima

Uma parte do telhado

Construída com pedras provenientes de Garraf e Vilafranca, sua fachada ondulada parece com as ondas do mar e a sua cobertura é um grande cenário abstrato surrealista com chaminés em forma de monstros e figuras enigmáticas.

O espaço Gaudí, localizado no terraço do prédio "La Pedrera", foi criado com o objetivo de oferecer uma completa e estimulante visão da arte do arquiteto.

Através do uso de desenhos, modelos, fotografias e recursos audiovisuais, os quais foram colocados juntos especialmente para este projeto, não apenas explana a vida de Gaudí, mas também o seu passado social e histórico, seu valor artístico, e as inovações técnicas que são encontradas em seu trabalho.

O espaço Gaudí foi criado de tal maneira, que os visitantes viajam pela sua obra e tiram suas próprias conclusões, entendendo a sua arquitetura através do crescente conhecimento histórico e da procura racional.


Casa Batlló


Gaudí reforma um antigo edifício de veraneio para a família Batlló - fabricantes de tecidos, que se localiza no Passeio de Grace. A sua fachada está revestida com pedaços de vidros de diferentes cores, as chaminés e o pátio de luzes demonstram a incrível imaginação do arquiteto, sendo uma das suas composições mais sensíveis.

Primeiro andar


Também no terraço


Parque Güell


O Conde Güell encarregou Gaudí de uma urbanização residêncial que seria repartida em 60 parcelas destinadas à famílias burguesas e ricas de Barcelona. Uma muralha de segurança fecharia todo o recinto e os caminhos interiores com desníveis inferiores a 6% facilitariam a circulação das carruagens da época.

Um grande banco ondulado serpenteia uma praça, "Teatro Grego", lugar de descanso, comemorações e reuniões, que esconde em baixo de sua arena um sem-fim de condutos para a captação de águas pluviais, que canalizada por 80 colunas, armazenaria em uma grande cisterna de 12.000 metros cúbicos para abastecer todo o local.


Entre as colunas se construiria um mercado. Porém a experiência fracassou, apenas duas parcelas foram vendidas, uma delas ao próprio Gaudí e os descendentes do Conde decidiram ceder o terreno a prefeitura para um parque público.


Foi bem legal poder conhecer as obras de Gaudi, realmente um grande artista que merece ser lembrado por décadas e décadas! Náo tinha ouvido falar nele, somente minha tia que tinha me dito algo a respeito mas vendo fica mais fácil perceber a suntuosidade das obras de Gaudí! Barcelona tem esse privilégio por tê-lo como símbolo de geniosidade!

Obs.: Galera, as fotos ainda nao estao todas disponiveis mas assim que eu achar uma lan decente eu colocarei... hehehe... Só apenas as informaçoes dos lugares que estou visitando...
Valeu!


maio 28, 2008

Barcelona


Um pouco da historia...


As comemorações dos 150 anos do nascimento do arquitecto catalão Antoni Gaudí, no próximo dia 25 de Junho, poderão ser um excelente pretexto para largar amarras de Lisboa (ou do Porto) e passar uns belíssimos dias em Barcelona. Além de mais de uma centena de exposições previstas sobre a obra de Gaudí, ao longo de 2002, nada melhor do que admirar o legado de edifícios que deixou à cidade, a começar pela Igreja (inacabada) da Sagrada Família.

«Eu gostaria de viver em Barcelona», afirmou Keith Haring, um pintor natural da Pensilvânia, depois de ter descrito a cidade como um lugar fascinante, onde a energia e a atmosfera mágica se misturam. «Eu também», dirão muitos dos milhares de turistas que todos os anos visitam a cidade onde o passado vive em perfeita sintonia com o presente e com o futuro, onde a cultura, a gastronomia, a arquitectura e o ser catalão conquistam o mais céptico. Dona de um porte grandioso, de uma atmosfera descontraída e alegre Barcelona é, para quem não quer ou não se pode mudar para lá, um local a revisitar.


Barcelona, capital da Catalunha, orgulhosa, soberana no sentir do seu povo, hospitaleira e acolhedora, local de derrotas históricas e de vitórias recentes, vitórias que se comemoram colectiva ou individualmente de cada vez que um visitante resolve tomar para si a chave da cidade e transformá-la na sua cidade adoptiva e de cada vez que o catalão sente como sua uma conquista do Barça sobre o seu arqui-rival, o Real Madrid.


Da história catalã rezam várias tentativas de conquista de soberania nacional, nunca verdadeiramente alcançada, mas apesar dos revezes o orgulho de ser catalão mantém-se intacto, facto que pode ser comprovado na festa nacional anual celebrada a 11 de Setembro, a "Diada". Neste dia tão especial para os habitantes da Catalunha, celebra-se uma derrota! Uma derrota militar onde a soberania nacional ficou mais uma vez longe do horizonte deste povo. A dança chama-se "la sardana" e a coreografia interpretada por vários círculos de pessoas de mãos dadas é intimista e simples a contrastar com as danças tradicionais de outros povos em que a alegria é o sentimento a realçar.


Virada para o Mediterrâneo, Barcelona soube crescer de uma forma ordenada e integrada. Este crescimento conheceu as suas raízes no projecto urbanístico concebido em 1856, cuja filosofia assentou na integração das aldeias próximas, derrubando as muralhas medievais e abrindo a cidade às zonas circundantes.


Bairros tão diferentes como o bairro Gótico, o mais antigo de Barcelona, e o bairro El Eixample, construído durante a terceira metade do século XIX e que é hoje o centro de Barcelona, coexistem em perfeita harmonia. Para isso contribuiram arquitectos como Gaudí, Domenech i Muntaner ou Puig i Cadafalch. Os edifícios desenhados e criados por estes homens ajudaram em muito a criar a imagem de modernidade e prosperidade que Barcelona actualmente deixa transparecer e são um dos focos de atracção para os milhares de visitantes que a cidade alberga todos os anos.


O fascínio do passado
É difícil escolher o que se quer fazer ou conhecer entre os muitos parques, museus, edifícios de interesse arquitectónico, passeios à beira mar e caminhadas nos bairros, portanto aqui vão algumas dicas que servirão para uma primeira visita e para lhe abrir o apetite para futuras incursões.


Passear pelo bairro Gótico é obrigatório para apreciar a zona velha da cidade. Com ruas estreitas, repletas de monumentos históricos, restaurantes, bares e pensões de várias categorias, alberga no seu interior a catedral, o Museu de História da Cidade para além das torres gémeas semicirculares, único resquício das muralhas medievais e que pode encontrar na Praça Nova. Mas neste bairro a actividade mais agradável é deambular, parando aqui e ali onde os olhos se fixarem, mas cuidado os roubos a turistas são frequentes e de difícil antecipação. Leve a sua mala bem segura e a máquina fotográfica bem escondida, tire-a apenas por breves instantes e volte a guardá-la, mantenha-se alerta.


Continuando o seu passeio pedestre, atravesse a Via Laietana e entre no bairro Ribera, o mais agradável da cidade com a sua atmosfera fresca e agradável que deverá apreciar procurando uma esplanada numa das muitas praças existentes. É nestas imediações que se encontram os palácios particulares mais imponentes da cidade, como o palácio Dalmases, o Palácio dos Marqueses de Llió, ou o Palácio Aguilar. Os mais antigos datam do século XIV. O Palácio Aguilar é hoje o Museu Picasso. Dentro desta mansão do século XV, toda em pedra nitidamente medieval, pode encontrar obras dos primeiros anos de trabalho do pintor, entre as quais se encontra a série "As Meninas", inspirada na pintura de Velásquez.


Ainda neste bairro, na rua Amadeu Vives, escolhido para Património Mundial pela UNESCO, está o Palácio de Música Catalã, obra modernista e a mais conhecida do arquitecto Domènech i Montaner. Esta sala de concertos, construída em 1908, é de uma beleza esmagadora e opulenta onde salta à vista um tecto de vitrais em forma de cúpula invertida.


O talentoso Mr. Gaudí



Antoni Gaudi Imaginação, criatividade, talento e loucura são alguns dos adjetivos que podem ser facilmente aplicados a Antoni Gaudí. Responsável por construções originais e arrojadas, elas transformaram-se no ex-libris de Barcelona e nos primeiros locais a atrair a atenção dos turistas. É no bairro "El Eixample", cortado por avenidas largas, que se podem encontrar as suas obras mais conhecidas como é o caso da Casa Milà, também conhecida por A Pedreira, onde as formas curvas e onduladas predominam, acabando num terraço com chaminés de várias alturas e formatos.


No final da Avenida Gaudí o arquitecto começou a construir aquela que é hoje a sua obra mais visitada a Igreja da Sagrada Família, ainda inacabada. De uma grandiosidade estonteante, esta obra-prima do modernismo é um dos emblemas da cidade e é capaz de hipnotizar os apreciadores de pormenores arquitectónicos.

Ponto de passagem obrigatório para um passeio entre obras de arte integradas na natureza é o Parque Güell. Concebido inicialmente para albergar uma cidade-jardim, com 60 chalés e instalada numa encosta montanhosa sobre a cidade, o projecto acabou por falhar mas o interesse dos visitantes continua vivo. Para isso contribuem as estruturas criadas por Gaudí, nomeadamente a sala das cem colunas, verdadeiramente fascinante e o terraço ladeado por um banco gigante e colorido com uma forma ondulante.


Com o futuro no horizonte

Mas Barcelona não vive só dos turistas. Vive também para o desenvolvimento económico e social. Conhecida como a cidade das Feiras e dos Congressos, alberga hoje mais de duas mil empresas estrangeiras e consegue arrecadar cerca de 20% do total do investimento estrangeiro em Espanha. Entre convenções, congressos, simpósios, jornadas e cursos de formação, foram à volta de mil os eventos deste género organizados durante o ano de 2000 e que chamaram à cidade mais de 135 mil pessoas e que em conjunto com os visitantes desse ano deram a Barcelona uma receita de cem mil milhões de pesetas.
Para o desenvolvimento cultural, económico e arquitectónico da cidade contribuiram duas exposições universais, a primeira em 1888, a segunda em 1929 e os Jogos Olímpicos de 1992. No horizonte encontra-se ainda Barcelona 2004, Fórum Universal da Cultura.
E porque os pólos de interesse são tantos e tão variados, há sempre algo de novo para ver. Para conhecer bem a cidade saboreie-a lentamente e revisite-a sempre que possível pois vale a pena.
E o mar ali tão perto
Barcelona lavou a cara para acolher os Jogos Olímpicos em 1992, e com que belo rosto ficou. O mediterrâneo de águas azuis e convidativas está ali para quem o quiser ver e banhar-se nele. A costa foi despojada de estruturas industriais velhas, de armazéns e sujos e a cidade ganhou em beleza e espaços lúdicos com duas zonas bem distintas, o "Maremagnum" e o Porto Olímpico.
Para visitar a primeira aconselho-o a entrar pela Praça da Catalunha, descer as Ramblas, passeio urbano diário. É nesta curta avenida que se instalaram os comerciantes com pequenos quiosques de venda de souvenirs para os turistas, os artistas de rua com as suas interpretações de estátuas, cobertos de pinturas abstratas prateadas, douradas, verdes, malabaristas e músicos. Descanse da azáfama que se vive nesta rua atravessando uma ponte levadiça que desenha a ondulação do mar, construída em tábuas de madeira e que acaba na pequena Península artificial "Maramagnum". Restaurantes, bares, uma sala de projecção de filmes IMAX 3D e um grande aquário são as principais atracções deste local bastante mais aprazível à noite quando o calor aperta e o mar convida a uma paragem num dos bancos com vista para o céu e para a cidade.
A segunda zona, o Porto Olímpico, é a casa dos iates e as docas lá do sítio. Aqui os amantes da vida nocturna têm um leque imenso de restaurantes, bares e discotecas onde podem ficar até de manhã. Mas se quiser jantar num ambiente mais romântico e calmo procure uma das praias antes de chegar ao Porto Olímpico e sente-se num dos restaurantes com esplanadas viradas para a areia com velas a criar ambiente.
Se não tiver tempo para mais, lembre-se que ainda ficaram muitos locais para visitar como Montjuïc, uma das colinas da cidade, onde fica a maravilhosa Fundação Joan Miró e um impressionante jardim de cactos de todos os tamanhos e feitios; passeios para fazer na cidade e arredores; museus e mais museus; parques; e momentos ao sol para depois acabar nas águas mornas e amenas do Mediterrâneo.

Toledo

Em frente a um castelo


Eu e o pessoal do Canada

A cidade eh si eh muito bela, principalmente pelos castelos e fortalezas que estao la. Me senti na Idade Media, com cavaleiros medievais e a figura de Dom Quixote, obra do nosso Cervantes, ou melhor do Cervantes deles neh aahuauhuhahua... O legal eh que ao chegar na estacao de trem eu me deparei com um grupo de idosos que tambem eram turistas como eu, e como eu tinha comprado um mapa, eles resolveram se aproximar de mim e fomos juntos conhecer Toledo. Muito legal esta com eles pois sendo canadenses eu tinha que praticar o meu ingles e ao mesmo tempo o ¨meu espanhol¨ com o pessoal de Toledo pois o pessoal nao sabia se comunicar direito ahuahuhauuha... Uma aventura e tanto nessa pequena mas inesquecivel cidade!


Um pouco da historia...


Toledo foi a capital da Espanha visigótica, desde o reinado de Leovigildo, até a conquista moura da península Ibérica no século VIII. Sob o Califado de Córdoba, Toledo conheceu uma era de prosperidade.


A 25 de maio de 1085, Afonso VI de Castela ocupou Toledo e estabeleceu controle direto sobre a cidade moura. Este foi o primeiro passo concreto do reino de Leão e Castela na chamada Reconquista.


Toledo era famosa por sua produção de aço, especialmente espadas, e a cidade ainda é um centro de manufatura de facas e pequenas ferramentas de aço. Após Filipe II de Espanha mudar a corte de Toledo para Madrid em 1561, a cidade entrou em lento declínio, do qual nunca se recuperou.

Cervantes descreveu Toledo como a "glória da Espanha". A parte antiga da cidade está situada no topo de uma montanha, cercada em três lados por uma curva no rio Tejo, e tem muitos sítios históricos, incluindo o Alcázar, a catedral (a igreja primaz da Espanha), e o Zocodover, seu mercado central. Do século V ao XVI cerca de trinta sínodos aconteceram em Toledo. O primeiro foi no ano 400. No sínodo de 589 o rei visigótico Recaredo declarou sua conversão; no sínodo de 633, conduzido pelo enciclopedista Isidoro de Sevilha, decretou a uniformidade da liturgia em todo o reino visigótico e tomou medidas restritivas contra judeus batizados que recaíssem em sua antiga fé. O concílio de 681 assegurou ao arcebispo de Toledo a primazia no reino da Espanha. O último concílio que ocorreu em Toledo, entre 1582 e 1583, foi conduzido em detalhes por Filipe II de Espanha.


Toledo era famosa por sua tolerância religiosa e possuía grandes comunidades de judeus e muçulmanos, até que eles foram expulsos da Espanha em 1492; por isto a cidade tem importantes monumentos religiosos, como a sinagoga de Santa Maria la Blanca, a sinagoga de El Transito, e a mesquita de Cristo de la Luz.


No século XIII Toledo era um importante centro cultural sob o domínio de Afonso X, cuja alcunha era "El Sabio" ("O Sábio") por seu amor ao conhecimento. A escola de tradutores de Toledo tornou disponíveis grandes trabalhos acadêmicos e filosóficos originalmente produzidos em árabe e hebraico ao traduzi-los para o latim, disponibilizando pela primeira vez uma grande quantidade de conhecimentos para a Europa.


A catedral é notável por sua incorporação de luz, e nada é mais notável que as imagens por trás do altar, bastante altas, com figuras fantásticas em estuque, pinturas, peças em bronze, e múltiplas tonalidades de mármore, uma obra-prima medieval. A cidade foi local de residência de El Greco no final de sua vida, e é tema de muitas de suas pinturas, incluindo O Enterro do Conde de Orgaz, exibido na Igreja de Santo Tomé.

Dança Flamenca


Flamenco é um estilo de música popular bem distinto de qualquer outra cultura da Europa. Ele cresceu na Andaluzia (Sul da Espanha) influenciado por povos da península ibérica através dos séculos como fenícios, comerciantes gregos, povos de Cartago, conquistadores visigodos (habitantes do Norte da Espanha), árabes, hebreus, romanos, ciganos e outros invasores bárbaros (todo povo que não falava latin). Essa nova forma musical originada primeiramente nas gitanerias (bairros pobres ciganos) foi passada de geração para geração graças ao estilo patriarcal da família
cigana.


No início do século XIX (1810) o flamenco era parte do entretenimento promovido nas tabernas e estalagens andaluzas, uma vez que viajantes, comerciantes, prostitutas, traficantes, pedintes e ladrões, se reuniam para jantar e tomar vinho.
Os antigos artistas flamencos eram ciganos pobres e payos (não ciganos) os quais executavam suas performances apenas como um passa tempo. No entanto, a popularidade do flamenco cresceu e alguns deles se tornaram profissionais. Os cantaores mais experientes que acompanhavam a eles mesmos na guitarra, eram algumas vezes contratados para alegrar festas privadas, reuniões comerciais e festivais de flamenco para visitantes estrangeiros.

Durante as três últimas décadas do século XIX a popularidade do flamenco cresceu. Essa foi a idade do ouro do flamenco. As performances foram levadas aos teatros e, com a disponibilidade desses grandes espaços, o flamenco popularizou-se. Hoje, o flamenco é uma arte universal.

O verdadeiro flamenco é a combinação do canto, baile, toque da guitarra espanhola e de seu elemento fundamental, o duende. Duende é a alma ou sentimento flamenco. Todos aqueles que se envolvem nesta experiência exploram a emoção e o sentimento de incorporar o flamenco. Os ciganos se reuniam para presentear-se com canções e danças e para liberar as tensões e frustrações da vida. Essas reuniões, cercadas de flamenco, são até hoje chamadas de juergas. O mais importante em uma juerga é a espontaneidade na forma de expressão artística, pois as emoções são livres e irrestritas. Só assim o duende pode estar presente. O duende é o alvo e o propósito da juerga por isso ela não deverá ser planejada ou forçada. Tipicamente, elas começam com um grupo de pessoas comendo e tomando vinho. O envolvimento das pessoas no encontro, a conversa, se transforma naturalmente em música e dança. São festas que freqüentemente se estendem por toda a noite. Flamenco é música.

Um dos mais fascinantes aspectos do flamenco é o baile, ou seja, a dança. Todos os elementos que o bailaor desenvolve são de fundamental importância: o movimento com os braços, os círculos com os punhos e o detalhe da postura. A intensa expressão no rosto do bailaor intriga o espectador e atrai o respeito do seu público no momento em que sente a música e se deixa levar pela emoção. O baile é repleto de força, paixão, expressão e aire. Antigamente a dança era bem diferente para os homens e para as mulheres. O baile masculino enfatizava a técnica dos sapateados, e o feminino era mais voltado para o trabalho das mãos, dos braços e do movimento com as saias. Hoje esses bailes têm se aproximado e vêm se assemelhando cada vez mais. A mulher sapateia mais e o homem se movimenta por completo. Os movimentos não têm significado específico, mas é a emoção por trás dos gestos que cria o chamado duende. Para desperta-lo o bailaor deve sentir a música e expressar suas emoções através de cada movimento. O Flamenco é uma atitude, é a manifestação da alma de uma pessoa. Ser Flamenco é colocar para fora sentimentos e emoções trancadas e compartilhá-las através da música, do cante, do baile e dos "jaleos".
Flamenco é antes de tudo emoção, sentimento, expressão interior e prazer!

Mágico! Simplesmente muita emoçao poder vivenciar a dança flamenca! Belissima!!! Realmente um simbolo legal da Espanha, diferentemente das pessimas touradas... Mas enfim, valeu a pena assisti-la! Infelizmente nao posso postar um video aqui pois a conexao eh muito lenta, mas breve o farei!
Valeu! Oleeeeeee!

maio 27, 2008

A dura versao das touradas

Um pouco da historia...

Nas touradas originais do Império Romano, os toureiros encontravam-se permanentemente a cavalo e o objectivo do espectáculo era a celebração de ocasiões assinaláveis, como casamentos reais, vitórias militares ou datas religiosas importantes.

Os primeiros registos de touradas remontam ao ano 815, ano em que em determinada ocasião política da actual Espanha foram mortos touros em homenagem ao evento. Na documentação relativa à coroação de Afonso VII, em 1135, também existem referências a touradas, em Logroño, onde vários cavaleiros famosos atestaram a sua bravura. A tourada era, portanto um entretenimento aristocrático, cuja ocorrência não era frequente e não existiam normas próprias que a definissem.

Ao longo dos séculos, as touradas passaram a fazer parte do domínio público. Durante o século XVIII, tornaram-se efectivamente um espectáculo para as massas e passaram a realizar-se espectáculos em que os toureiros combatiam a pé; a arena era invadida por bandos de homens dos mais baixos estratos sociais, que matavam touros de todas as formas imagináveis, espetando-os com espadas, punhais e facas.

Muitos destes toureiros trabalhavam em matadouros. Aliás, conforme documenta a organização britânica Fight Against Animal Cruelty in Europe (FAACE), o matadouro de Sevilha foi a primeira escola oficial de tauromaquia em Espanha. Um dos toureiros mais famosos da altura, José Rodriguez (Pepete), disse: «O que esperam que nós, criados no matadouro, sejamos? Aqui não existe cortesia (…). Nós conhecemos o pior lado possível das coisas».

As escolas de equitação da Andaluzia encorajaram e nutriram a tauromaquia para o povo. Foi a família Romero, de Ronda, quem estabeleceu os primeiros fundamentos da tourada, juntamente com Joaquin Rodriguez (Costillares) e José Delgado (Pepe Hillo), ambos de Sevilha.

Carlos IV chegou a proibir as touradas, mas a subida ao trono de Espanha de Fernando VII trouxe de novo os espectáculos, que atingiram grande popularidade. Em 1830, foi este monarca que fundou a Escola Real de Tauromaquia, em Sevilha. Esta instituição liderou um dos principais estilos da tourada, enquanto Ronda terá defendido um outro.

Aos toureiros Belmonte e Manolete tem sido atribuído o feito de terem definido o estilo da tourada moderna.
Touradas: Uma luta desigual
A organização Fight Against Animal Cruelty in Europe (FAACE) denunciou, no seu site, a manipulação de animais em touradas, referindo-se especificamente à utilização de drogas para diminuir as defesas dos touros, no sentido de dar mais segurança aos homens da arena. Numa posição já de si vulnerável, o touro tem também que superar outras dificuldades.

Desde logo, a manipulação começa na criação dos animais, cuja reprodução é monitorizada de forma a que sejam preferidos os animais mais lentos, simples e previsíveis. Mais tarde, quando vão ser utilizados em touradas, os cornos dos animais são cortados, o que implica que fiquem sem uma das suas principais defesas.

De acordo com a FAACE, a retirada dos cornos «afeta o julgamento das distâncias por parte do touro e pode criar vulnerabilidade ou dor no corno, com os óbvios efeitos que isto teria». O mais devastador efeito desta prática é a castração psicológica que representa para os touros.

De fato, a tortura por que passam os touros não começa nem acaba na arena. Antes do espectáculo são, muitas vezes, administradas drogas hipnóticas, tranquilizantes e substâncias paralisadoras. Esta prática foi denunciada, em 1988, pelo veterinário oficial da arena de Colmenor Viejo, em Madrid, Andres Martinez Carrillo.

E não são os touros os únicos animais a sofrer nas arenas. Os cavalos utilizados nos espectáculos sofrem inúmeros ferimentos e cerca de duzentos equinos morrem, todos os anos, em touradas. Não são raras as ocasiões em que os cavalos são vendados e as suas orelhas estão, muitas vezes, cheias de papel; os animais sofrem tratamentos brutais quando já estão demasiado feridos ou mesmo moribundos.

Como exemplo, a FAACE relata o esventramento de um cavalo na arena de Las Ventas, em Espanha. Enquanto o animal tentava levantar-se, um homem lançou-lhe fogo aos testículos. Este criminoso não sofreu qualquer admoestação e permaneceu empregado no mesmo posto de trabalho que ocupava aquando da agressão.
Adaptado de Cheating Practises
http://www.faace.co.uka/

Eu sinceramente passei mal durante o ¨show¨! Primeiro porque havia um senhor perto que fumava demais, tipo aqueles cigarros pesados cujo bafo nao havia como suportar! Assisti uns 30min e fui embora pois percebi que estava no local errado. Como amante e apaixonado pela vida, percebi que ainda existem pessoas que se divertem com a destruicao, violencia e morte de animais! Realmente um absurdo, ao meu ver! Talvez essa seja uma das razoes de nacoes estarem se degladiando ou pessoas infelizes sem saber o motivo desse estado, buscando assim tipos de espetaculos demasiados! Uma palavra que resume o que passei ao ver o ¨show¨: um lixo! Um desacato a vida dos touros, cavalos e ate de algumas pessoas que perderam suas vidas para ¨alegrar¨ a plateia! E ao sair de dentro, dei de cara com um ex-toro pendurado, fruto de uma diversao exacerbada! Ainda estou passando mal por isso... Ate a proxima! Nao indico esse ¨show¨ para ninguem!


Opiniao de uma pessoa da internet. Qual eh a sua? Deixe seu comentario...

Na Espanha, em Portugal e também na Bolívia, ocorre uma vergonha mundial: as touradas.
Num circo macabro com platéia sádica, touros são furados para sentir muita dor e com isso reagirem de forma agressiva e proporcionar um espetáculo de horror que deveria sem banido para sempre!

O pobre animal vê seu tormento encerrado com a morte... ali frente a uma turba inexplicavelmente feliz...

Em Portugal a lei proíbe a morte do touro, mas em Barrancos, junto à fronteira com a Espanha, em nome da tradição, esta prática é mantida a despeito das leis.

Em julho, na Espanha, comemora-se a festa de São Firmino. Os touros são soltos pelas ruas da cidade e correm atrás das pessoas que os cutucam e os irritam. Essa corrida acaba nas "Plazas de Toros" onde todos são mortos.

Festas tradicionais deveriam ser o orgulho de um povo, não a sua vergonha!

Existe uma outra modalidade de tourada: onde o "corajoso" toureiro vai montado a cavalo.
Muitas vezes o toureiro sai ileso mas o cavalo morre.

"A tauromaquia é terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espetáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura."
Declaração da UNESCO 1980

Não será com a minha complacência que os meus filhos irão crescer numa nação onde homens que seviciam seres indefesos, desrespeitando a lei e os mais básicos padrões éticos e morais que se pretendem numa sociedade justa, solidária e civilizada, passam impunes, sendo mesmo aclamados como heróis e obreiros de uma tradição decrépita, teimosamente sustentada pela força de lobbies.

maio 26, 2008

Guernica - Pablo Picasso

Vi esse quadro no museu


Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo representa o bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães. Atualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.

A pintura foi feita sem uso de cores, em preto e branco - algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da pequena cidadezinha espanhola. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, animais e edifícios destruídos pelo intenso bombardeio da Luftwaffe, a força aérea nazista.

Morando em Paris, o artista soube dos fatos desumanos e brutais através dos jornais - e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato.

Sua composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas. O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo.

maio 23, 2008

Roma



O Coliseu


Um pouco da historia...

Depois dos grandes espetáculos das corridas de bigas do Império Romano que eram até mesmo mais perigosas do que as corridas de Fórmula 1, chega a vez dos fortes combates entre gladiadores, feras e outros no Coliseu de Roma - Itália.

Uma das cidades com maior importância na história mundial, sendo um dos símbolos da civilização européia, que segundo a tradição, foi fundada por um dos irmãos gêmeos (Rômulo e Remo), "Rômulo" conhecido como o "Pai da Pátria" em 753 a.C..

Alguns autores acreditam que Roma foi fundada pelos Etruscos, mas na opinião dominante, a cidade teria sido fundada pelas próprias populações do Lácio.

Roma teria se originado de um forte construído por latinos e sabinos no monte Capitolino, às margens do rio Tibre. Conserva até hoje inúmeras ruínas e monumentos na parte da cidade antiga.

A cidade tem cerca de 3,6 milhões de habitantes. Entre esses antigos monumentos encontra-se o anfiteatro Flaviano, conhecido como o Coliseu (Coliseum em Latim) uma exceção entre os anfiteatros da época pelo seu volume e relevo arquitetônico, sua construção teria sido iniciada por Vespasiano no ano 70 d.C. e finalizada pelos seus filhos Domiciano e Tito, e em 80 d.C. inaugurada.

O Coliseu com mais de 50 metros de altura, cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores.

Dentro do Coliseu

Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.

Os assentos são em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passadeira superior de madeira, para o caso de algum acidente.

Arco de Constantino

Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O edifício permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do Imperador Honorius, no século V.

Danificado por um terremoto no começo deste mesmo século, foi alvo de um extensivo restauro na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transforma-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído.

Acredita-se que o Coliseu tenha sido cenário dos primeiros martírios de cristãos e, por isso, no século XVII, o papa Bento XIV consagrou-o à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX.

A imponência desse monumento testemunha o verdadeiro poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. Em Fevereiro de 2004 foi lançada uma reportagem na BBC BRASIL.Com, com os planos da Prefeitura de Roma de remodelar a região antiga da cidade para dar uma "melhor perspectiva do visual da Roma Antiga", os planos previam a reconstrução das partes que faltam da muralha exterior do Coliseu, o que causou muitos protestos na Itália.

Muitos acadêmicos dizem estar "indignados" com a idéia de transformar o centro de Roma no que eles temem que se torne um "parque temático de arqueologia".


O Vaticano / Capela Sistina

O Teto da Capela Sistina é um monumental afresco de Michelangelo realizado entre os anos de 1508 e 1512 na Capela Sistina, no Vaticano, como o nome indica.

Na realização desta grandiloqüente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito contrariado este trabalho convencido que era mais um escultor, que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho do Papa Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado à Roma: o mausoléu do Papa. Mas, dedicou-se a tarefa e fez com tanta mestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

É difícil acreditar que tenha sido obra de um só homem, e que o mesmo ainda encontraria forças para retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o “extraordinário espetáculo” do Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.

A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço dividido por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gênese. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:

* Deus separando a Luz das Trevas;
* Deus criando o Sol e a Lua;
* Deus separa a terra das águas;
* A Criação de Adão;
* A Criação de Eva;
* o Pecado Original e a expulsão do Paraíso;
* o Sacrifício de Noé;
* o Dilúvio Universal;
* e o Noé Embriagado.


Teto da Capela Sistina - Nao se podia tirar fotos mas gravei um video escondido... depois coloco...


Obs.: As fotos completas postarei depois pois a net aqui eh bem lenta e demoraria muito para colocar todas elas.

maio 22, 2008

Mais novidades por ai...

E as novidades nao param... Aguardem e verao...

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Valeu!

Hugo

Memorial do Holocausto - Holocaust-Mahnmal

Memoriais


Proximo a eles

Memorial aos Judeus Mortos da Europa (em alemão: Denkmal für die ermordeten Juden Europas), também conhecido por Memorial do Holocausto (alemão: Holocaust-Mahnmal), é um memorial em Berlim para vítimas judias do Holocausto, projetado pelo arquiteto Peter Eisenman e engenheiros do Buro Happold. Consiste de uma área de 19.000 metros quadrados (4,7 acres) coberta com 2.711 blocos de concreto ou "stelae", parecendo com um campo ondulado de pedras.

Os blocos são de 2,38m (7,8') de comprimento por 0,95m (3' 1,5") de largura e altura variada desde 0,2m até 4,8m (de 8" a 15'9"). De acordo com o texto do projeto de Eisenman, os blocos são desenhados para produzir uma intranqüilidade, um clima de confusão e a escultura toda ajuda a representar um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana. Uma cópia de 2005 de um panfleto turístico oficial inglês da Fundação para o Memorial, porém, afirma que o projeto representa uma aproximação radical ao conceito tradicional de um memorial, em parte porque Eisenman não usou nenhum simbolismo. Um anexo subterrâneo "Local de Informação" (em alemão: Ort der Information) guarda os nomes de todas as vítimas judias conhecidas do Holocausto, conseguidos através do museu israelense Yad Vashem.


A construção do memorial teve início em 1 de abril de 2003 e foi concluída em 15 de dezembro de 2004. Foi inaugurado em 10 de maio de 2005e aberto ao público em 12 de maio do mesmo ano. Está localizado a uma quadra ao sul do Portão de Brandemburgo, perto da Potsdamer Platz, numa distância que pode ser vista do parlamento federal alemão. O custo da construção foi aproximadamente de €25 milhões.

maio 21, 2008

Sachsenhausen

Torres de Fuzilamento - grande acuidade visual


Primeiro campo de concentracao - Sachsenhausen


Memorial - Os triangulos laranjas representam grupos politicos (''esqueceram'' de relembrar os judeus,
homossexuais e outros que tambem mereciam ser representados)



Area de ''destruicao'' em massa. As pessoas entravam nesse local e recebiam tiros dos soldados



Realmente uma experiencia unica esta nesse lugar! Bastante comovente a historia narrada pela nossa guia de turismo sobre a vida das pessoas aqui. Muito triste saber que mais de 20mil pessoas morreram nesse campo de concentracao, passando condicoes de vida calamitantes e sem saber os rumos que estavam tomando nem porque estavam ali. Desde simples bebados, homossexuais e judeus foram massacrados! Dura realidade que nao vivenciamos mas que deixarao marcas para sempre hoje e na historia da humanidade.


Fotos Atuais:

Memorial na entrada do campo



Dentro do campo



Principal torre guarda de Sachsenhausen



Nao sei se da para perceber mas estou eu com a guia em frente a porta



Dentro do enorme campo de concentracao e mortes da historia




Fotos da Epoca:






Um pouco da historia...

Sachsenhausen foi um campo de concentração na Alemanha, que esteve ativo desde meados de 1936 a abril 1945. Recebeu este nome, devido à região onde se localizava. Sachsenhausen fazia parte da cidade de Oranienburg em Brandenburgo. De agosto de 1945 até por volta de 1950 Sachsenhausen serviu como um acampamento especial soviético. Foi o primeiro de una série de instalações construídas pelos nazis, para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, e posteriormente milhares de prisioneiros de guerra.


O campo de concentração começou a funcionar em 12 de Julho de 1936, quando a SS transferiu para lá 50 prisioneiros do campo de Esterwegen. Numa primeira fase, o campo de Sachsenhausen foi destinado principalmente a prisioneiros políticos, mas em 1938 foram levados para lá milhares de judeus, a partir de 1940, milhares de polacos e desde 1941 milhares de militares soviéticos, 18 mil dos quais foram fuzilados.


Durante a segunda guerra mundial, Sachsenhausen se expandiu num sistema de trabalho forçado em 60 subcampos, concentrados ao redor das industrias de armamentos, que utilizavam mão de obra gratuita dos prisioneiros, na região de Berlim. Os presos também foram sujeitos a experimentos médicos. Em Janeiro de 1945 havia mais de 65 mil prisioneiros em Sachsenhausen, incluindo mais de 13 mil mulheres.

Antes de sua iminente derrota, os nazis ordenaram a transferência dos prisioneiros. Oficiais da SS dispararam contra todos aqueles incapazes de caminhar. As tropas soviéticas libertaram os sobreviventes em 2 de maio de 1945, perto da cidade de Schwerin. Hoje se encontra em Sachsenhausen um monumento em memória ao prisioneiro e funciona um museu que expõe a realidade deste campo.


Local da Camara de Gas



Condicoes dos aposentos de higiene pessoais



Uniforme dos prisioneiros - Observem a estrela de Davi ao lado em memoria dos judeus


Com a ocupação de Berlim por parte das forças Soviéticas, Sachsenhausen tornou-se um campo de concentração soviético usado para repressão tanto da população civil como dos antigos militares nazis. Os arquivos registraram a entrada 140 mil prisioneiros durante o tempo de funcionamento do campo e reconheceram a execução de 30 mil prisioneiros, mas este número não inclui outros milhares de prisioneiros de guerra fuzilados.

Sachsenhausen sob os Nazis

O acampamento foi estabelecido por volta de 1936. Devido a sua localização aos arredores de Berlim, este campo tinha uma posição especial entre os campos de concentração alemães. O centro administrativo de todos os campos de concentração situava-se em Oranienburg, e Sachsenhausen transformou-se um centro de aprendizado para os oficiais da SS. As execuções ocorreram em Sachsenhausen, especialmente aqueles que eram prisioneiros de guerra russos.

Aproximadamente 200.000 pessoas passaram por Sachsenhausen entre 1936 e 1945. Destas umas 100.000 morreram de doença, desnutrição ou de pneumonia devido ao frio congelante. Muitos outros foram executados ou morreram como resultado de experimentação médica brutal.

Sachsenhausen sob os soviéticos

Em agosto de 1945 o Campo Soviético nº 7 foi transferido para a área do ex-campo de concentração de Sachsenhausen, onde foram mantidos os prisioneiros políticos e presidiários condenados pelo Tribunal Militar Soviético. Em 1948, Sachsenhausen, agora chamado de Campo Especial nº1, tornou-se o maior dos campos soviéticos. Entre os 60.000 prisioneiros dos 5 anos de administração russa estão jovens alemães com idades de 15 à 18 anos e pelo menos 6.000 oficiais alemães transferidos dos campos aliados. Outros presidiários eram funcionários nazistass, anticomunistas e russos, incluindo colaboradores nazistas e soldados que contraíram DSTs [1]. Valas comuns do período soviético foram encontradas em 1990, morreram pelo menos 12.000 pessoas de 1945 à 1950 quando o campo foi fechado.

Amigos brasileiros (Tiago e Fernando) de Curitiba que encontrei por la
(estao morando em Dublin mas ja retornarao ao Brasil).



Nao podia deixar de tirar essa foto para representar um costume alemao de beber demais. Aqui voces encontram muitos tipos de bebidas como esta que ele esta segurando. Como nao sou fa, ele representara ae esse baita costume alemao.