maio 30, 2008

Quem foi Gaudí?


ANTONI GAUDÍ (1852-1926)

Tanto quanto pôde, o arquiteto catalão desafiou o equilíbrio estrutural em obras muito pessoais, quase todas erguidas em Barcelona e adjacências, na Espanha. Todas as suas obras são desconcertantes e marcadas pela exuberância formal e técnica...
Gaudí aos 26 anos de idade.

Antonio Gaudí nasceu no dia 25 de junho de 1852, provavelmente na casa identificada com o número 4 da rua de San Vicente, da cidade de Reus, província de Tarragona. Assim afirma J. F. Ràfols, primeiro biógrafo de Gaudí no início de seu livro publicado em 1929.

Muitos anos depois surgiu a hipótese do nascimento em 'mas de la Calderera', de propriedade do pai de Gaudí, em Riudoms. O único documento oficial existente de 1852 é a certidão de batismo da igreja de San Pedro de Reus, que não menciona o local do nascimento. Somente constava a informação que a criança era de fora da cidade. Por escrito, Gaudí sempre disse ser filho de Reus.

Seu pai, Francisco Gaudí Serra, de Riudoms, era um artesão, natural de Calderera, batedor de cobre, e sua mãe, Antonia Cornet Bertran, de Reus, era também de uma família original de Calderera. Deram a Gaudí os nomes de Antón, Plácido e Guillermo, em homenagem à sua mãe, ao seu padrinho e ao santo do dia, respectivamente.

No dia 10 de setembro de 1853 foi crismado também em São Pedro de Reus. Freqüentou, quando adolescente, a escola do professor Francisco Berenguer de Reus, e entre 1863 e 1868 cursou a escola média nos Padres Escolapios. Juntamente com seus colegas de escola, participou como cenógrafo principiante na montagem de peças teatrais. Fez suas primeiras tentativas jornalísticas ilustrando, com gravuras, uma revista manuscrita de doze exemplares de tiragem, intitulada "El Arlequín".

Em 1869, com grande sacrifício, Francisco Gaudí enviou a Barcelona seus filhos Francisco e Antonio para estudarem medicina, o primeiro, e arquitetura, o segundo. Francisco, que nasceu em 1851, graduou-se em 1873, mas faleceu três anos mais tarde.

Entre 1869 e 1873, Gaudí fez os cursos preparatórios no Instituto e na Faculdade de Ciências, já que somente em 1871 foi estabelecida em Barcelona a Escola Provincial de Arquitetura. Existia até então apenas uma modesta Escola de Mestres de obras nos sótãos da Casa Lonja de Mar. Em 1870, junto com dois amigos, visitou o mosteiro de Santa María de Poblet em ruínas, imaginando complexas maneiras de reutilização dos edifícios monacais.

Em Barcelona, Gaudí não conhecia ninguém e como precisava ajudar seu pai no pagamento dos seus próprios estudos, tratou de procurar trabalho entre arquitetos durante os anos de sua formação. A relação com José Fontserè Domènech, o primeiro arquiteto municipal, e seus filhos José e Eduardo, ambos Mestres de obras, permitiu-lhe iniciar o contato com alguns profissionais. Trabalhou para Fontserè nos projetos do parque da Ciudadela e o mercado del Borne.

Enquanto isso, continuava seus estudos de arquitetura na Escola que se encontrava, desde 1874, no segundo andar da nova Universidade na Gran Via, com boas notas. Apesar das afirmações de que foi um mau estudante, ele somente repetiu quatro matérias em toda a sua formação. Permaneceu mais tempo do que o normal na Escola por causa do trabalho de projetista, que exerceu simultaneamente com os estudos e com o serviço militar que iniciou em julho de 1874.

Alguma coisa sobre a sua vida privada se conhece através de uma agenda manuscrita de seus tempos de estudante; mas muito pouco, porque Gaudí não gostava de escrever. Em toda sua vida, só viu uma matéria jornalística sua publicada, em 1881. Em 8 de setembro de 1876 sua mãe faleceu, um mês depois de seu filho Francisco. Isto afetou muito a Gaudí...

Em 4 de janeiro de 1878 foi aprovado nos exames finais e em 15 de março recebia o título de arquiteto. Antes já havia preparado diversos projetos para a Cooperativa Mataronesa de Don Salvador Pagès, que queria que seus operários chegassem a ser donos da fábrica, em uma tentativa socialmente avançada para aqueles tempos.

Gaudí, oriundo da revolucionária cidade de Reus, conheceu pessoas, que agora seriam consideradas como progressistas, e se interessou pelos problemas da classe operária. Diversos autores tentaram atribuir-lhe uma juventude anticlerical e anarquista, mas testemunho de companheiros de estudos desmentem essa possibilidade.

Depois de diversos projetos menores, recebeu a encomenda de projetar uma vitrine para a loja de luvas de Esteban Comella. A vitrine, de bronze, madeira e vidro foi exposta no pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris, de 1878. A obra fascinou a Don Eusebio Güell Bacigalupi, o rico e culto homem de negócios que se fez apresentar ao jovem arquiteto com o qual iniciou uma relação profissional e de amizade que durou quarenta anos, até a morte de Güell, em 1918.

A produção arquitetônica de Gaudí é, em grande parte, dedicada a Güell, em sua villa de Les Corts, seu palácio, sua colônia operária e seu parque, trabalhos que fez simultaneamente com a Sagrada Família, sua obra-prima.

É também dedicada a outros clientes importantes, como o banqueiro Manuel Vicens, Pedro Milà Camps, dono de "La Pedrera", Don José Batlló Casanovas, que lhe encomendou a reforma da casa do passeio de Gracia, os filhos de Pedro M. Calvet, com a casa da rua Caspe, as religiosas teresianas, o bispo de Astorga e Dona María Sagués, proprietária de Bellesguard.

Sua primeira obra notável é a suburbana Casa Vicens (1883-88), de inspiração mudéjar (o gótico semi-islâmico espanhol). Abaixo, uma foto da Casa Vicens, a qual foi a primeira grande encomenda de Gaudí: gótico semi-islâmico espanhol e teto-borboleta.

Sua vida sentimental não foi mais que um início de relacionamento com Pepita Moreu, de Mataró. Morou durante quase 20 anos na casa do Park Güell, e nunca fez nada que não fosse arquitetura. Quase não viajou e nunca participou de política. Era reservado, mas bondoso, e aqueles que conviveram com ele guardaram uma emocionada lembrança.

O último ano de sua vida transcorreu na Sagrada Família, e em 7 de junho de 1926, foi atropelado por um bonde. Foi levado ao Hospital da Santa Cruz e faleceu em 10 de junho de 1926, rodeado de seus colaboradores e amigos. Foi enterrado na capela da Virgen del Carmen, na cripta da Sagrada Família.

Sua imensa obra arquitetônica, original e surpreendente, continua fascinando o mundo muitos anos após sua morte. Foi um fervoroso católico, amigo de vários bispos e sacerdotes que lhe orientavam sobre as disposições litúrgicas dos templos...

... informações que concentrou especialmente na obra da Sagrada Família e também na inacabada igreja da Colônia Güell, em Santa Coloma do Cervelló, onde experimentou de forma magistral seu particular sistema de estruturas a compressão, o qual se manifestou igualmente no pequeno edifício das Escolas Provisórias da Sagrada Família.
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Todas as obras de Gaudí e Emissões Filatélicas a respeito:

Barcelona:

* Igreja de St. Pacià (1879)
* Candeeiros de iluminação pública da Praça Real e da Praça de Palau (1878)
* Casa Vicens (1883-1888)
* Templo Expiatório da Sagrada Família (1883-1926) - VI ESSE!
* Pabellones de La Finca Güell (1884-1887)
* Palácio Güell (1886-1889) - VI ESSE!
* Colégio Teresiano (1888-1889)
* Casa Calvet (1898-1899)
* Torre de Bellesguard (1900-1909)
* Parque Güell (1900-1914) - VI ESSE!
* Porta Finca Miralles (1902)
* Casa Batlló (1904-1906) - VI ESSE! * Casa Milá, ou La Pedrera (1906-1912) - VI ESSE!
* Escolas da Sagrada Família (1909)
* Casa-Museu Gaudí

Catalunha:

* Cooperativa La Obrera Mataronense, em Mataró (1883)
* Cellers Güell, em Garraf (1895-1901)
* Primeiro Mistério da Glória Do Rosário Monumental, em Montserrat (1900-1907)
* Jardins Artigas, em La Pobla de Lillet (1905)
* Refúgio Catllarás, em La Pobla de Lillet / Catllaràs (1905)
* Cripta Güell, em Sta. Coloma de Cervelló – Igreja da Colônia Güell (1908-1917)

Outras cidades da Espanha:

* Casa de 'Los Botines', em Leon (1891-1892), com fachadas para quatro ruas, tem uma torre em cada ângulo. Conheci em 18/05/1998, quando realizava o Caminho de Santiago.
* Vila 'El Capricho', em Comillas (1883-1885)
* Palácio Episcopal de Astorga (1889-1893), mandado construir pelo bispo Juan Bautista Grau Vallespinós. Foi declarado conjunto histórico-artístico, em 1978. Conheci em 23/05/1998, quando realizava o Caminho de Santiago.
* Intervenções na Catedral de Palma de Mallorca (1903-1914)


Templo Expiatório da Sagrada Família


Chamada também de catedral do século XX, é sem dúvida a obra mais conhecida de Gaudí. O projeto começou quando Gaudí tinha 31 anos de idade e foi o último de sua vida, no qual dedicou seus últimos 40 anos. A catedral que deveria ser financiada principalmente a base de doações dos habitantes da cidade, foi paralizada em 1936 devido a guerra civil espanhola...

O Templo deverá ter três grandes fachadas. A fachada da Natividade quase terminada com Gaudí ainda em vida, a fachada da Paixão que foi iniciada em 1952, e a da Glória por realizar-se ainda.

A obra que demonstra a grande transcendência ideológica do autor, se algum dia chegar a ser construída, sobreporia-se a todas as dimensões conhecidas, pois 1.500 cantores, 700 crianças e cinco órgãos caberiam em seu coro.

Subirachs, é o escultor espanhol, contemporâneo, responsável pelas peças em mármore que decoram a parte moderna d'A Sagrada Família, em Barcelona.

Abaixo (lado esquerdo), selo emitido em comemoração ao Congresso Intenacional de Filatelia CIF'60, ocorrido em Barcelona (1960). No centro, bloco "Olymphilex'92", emitido em comemoração a Exposição Filatélica ocorrida em Barcelona, em 29/07/1992. Do lado direito, selo emitido em 2002, com valor facial de 0,50 centavos de Euro.

As 3 emissões filatélicas espanholas mostram aspectos do Templo Expiatório da Sagrada Família.

Realmente essa obra de Gaudi é belíssima pois o mesmo já tinha conhecimentos de arquitetura e engenharia bem avançados para a época hehehe... Realmente merece meus parabéns pela criatividade e diferenciaçao, provando para nos que a mente humana pode alcançar longas distancias, mesmo que as circunstancias digam que nao!


Casa Milá — "La Pedrera"


Frente da Casa


Uma vista para cima

Uma parte do telhado

Construída com pedras provenientes de Garraf e Vilafranca, sua fachada ondulada parece com as ondas do mar e a sua cobertura é um grande cenário abstrato surrealista com chaminés em forma de monstros e figuras enigmáticas.

O espaço Gaudí, localizado no terraço do prédio "La Pedrera", foi criado com o objetivo de oferecer uma completa e estimulante visão da arte do arquiteto.

Através do uso de desenhos, modelos, fotografias e recursos audiovisuais, os quais foram colocados juntos especialmente para este projeto, não apenas explana a vida de Gaudí, mas também o seu passado social e histórico, seu valor artístico, e as inovações técnicas que são encontradas em seu trabalho.

O espaço Gaudí foi criado de tal maneira, que os visitantes viajam pela sua obra e tiram suas próprias conclusões, entendendo a sua arquitetura através do crescente conhecimento histórico e da procura racional.


Casa Batlló


Gaudí reforma um antigo edifício de veraneio para a família Batlló - fabricantes de tecidos, que se localiza no Passeio de Grace. A sua fachada está revestida com pedaços de vidros de diferentes cores, as chaminés e o pátio de luzes demonstram a incrível imaginação do arquiteto, sendo uma das suas composições mais sensíveis.

Primeiro andar


Também no terraço


Parque Güell


O Conde Güell encarregou Gaudí de uma urbanização residêncial que seria repartida em 60 parcelas destinadas à famílias burguesas e ricas de Barcelona. Uma muralha de segurança fecharia todo o recinto e os caminhos interiores com desníveis inferiores a 6% facilitariam a circulação das carruagens da época.

Um grande banco ondulado serpenteia uma praça, "Teatro Grego", lugar de descanso, comemorações e reuniões, que esconde em baixo de sua arena um sem-fim de condutos para a captação de águas pluviais, que canalizada por 80 colunas, armazenaria em uma grande cisterna de 12.000 metros cúbicos para abastecer todo o local.


Entre as colunas se construiria um mercado. Porém a experiência fracassou, apenas duas parcelas foram vendidas, uma delas ao próprio Gaudí e os descendentes do Conde decidiram ceder o terreno a prefeitura para um parque público.


Foi bem legal poder conhecer as obras de Gaudi, realmente um grande artista que merece ser lembrado por décadas e décadas! Náo tinha ouvido falar nele, somente minha tia que tinha me dito algo a respeito mas vendo fica mais fácil perceber a suntuosidade das obras de Gaudí! Barcelona tem esse privilégio por tê-lo como símbolo de geniosidade!

Obs.: Galera, as fotos ainda nao estao todas disponiveis mas assim que eu achar uma lan decente eu colocarei... hehehe... Só apenas as informaçoes dos lugares que estou visitando...
Valeu!


Um comentário:

Mente Hiperativa disse...

Mermao isso ai tah muito viajado, gostei!