abril 16, 2008

A forte moeda inglesa

Algumas cédulas de libras e euros minhas

A moeda na Grã-Bretanha é a libra esterlina [GBP (Great Britain Pound)]. O símbolo da libra esterlina é £.

British coins

O sistema monetário britânico

O dinheiro britânico é baseado no sistema decimal – em cada libra há cem pences. As moedas têm os seguintes valores: 1p, 2p, 5p, 10p, 20p, 50p, £1 e £2. As notas têm os seguintes valores: £5, £10, £20 E £50. As notas de £1 escocesas ainda estão em circulação na Escócia. As Ilhas do Canal e a Ilha de Man têm algumas moedas e notas diferentes do continente mas o sistema monetário é o mesmo.


Um pouco da História...

O Reino da Inglaterra, formado no século 10 quando o Reino de Wessex conquistou os demais reinos anglo-saxônicos da ilha da Grã-Bretanha, juntou-se à Escócia em 1603 quando sua coroa foi herdada pelo rei escocês Jaime IV (Jaime I da Inglaterra). Foi só em 1707, porém, que os dois países foram formalmente unificados no Reino Unido da Grã-Bretanha, com um parlamento único. Em 1801, seu nome foi mudado para Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, mas em 1922, com a separação do Estado Livre da Irlanda, passou a ter seu nome atual: ser Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

No caso da Inglaterra e Reino Unido, julgamos útil contar a história não apenas do valor de sua atual unidade monetária, a libra esterlina (£), mas também de algumas outras unidades do seu antigo e complicado sistema monetário, que se assemelhava a outros sistemas europeus da Idade Média e início da Idade Moderna.

Como outros países da Europa Ocidental, a Inglaterra iniciou sua história monetária com o padrão estabelecido pelo Imperador Carlos Magno por volta de 800 d.C. Era baseado no denarius, nome de uma antiga moeda romana (que deu origem, em português, à palavra dinheiro) definida teoricamente como 1/240 de um librum carolíngio (plural, libra) de 489,6 gramas, isto é, 2,04 gramas de prata 95,8% pura), mas o peso real dos denarii ainda existentes é de apenas 1,725 gramas . A moeda de meio denarius era chamada obolus e um quarto de denarius, quadrans.

Na Inglaterra, onde foi cunhada pela primeira vez no reinado de Alfredo, o Grande (871-899), seu nome popular era penny (plural pence) ou sterling, mas lá, como em toda a Europa Ocidental, a língua oficial era o latim, de forma que os contadores simbolizavam o penny por d e, por algum tempo, o meio penny por ob~ e o quarto de penny ou farthing por q/r . Na Inglaterra, como na maior parte da Europa Ocidental, não se sentiu necessidade de moedas de ouro – ou mesmo de moedas de prata maiores que o denarius – até cerca de 1200. Eram usadas as denominações solidus (em inglês shilling), representada por s, para uma soma de 12 d, e libra (em inglês pound), representada por £, para 240 d, mas não existiam moedas desse valor: no Ocidente tanto o solidus como a libra eram meras moedas de conta, ou coletivos de denarius. É interessante como essas representações continuaram sendo usadas mesmo depois que o inglês substituiu o latim no uso oficial. Assim, desde Alfredo o Grande até a introdução do sistema decimal em 1970, uma soma de 30 pence sempre foi representada como 2s 6d, ou então 2/6.

A partir do final do século 12, o crescimento do comércio dentro da Europa Ocidental e com o Oriente (estimulado pelas Cruzadas) levou as cidades-estados italianas a introduzir moedas de prata de maior valor conhecidas como grossus (nome que generalizou-se para moedas de prata de tamanho médio) e, no século 13, também moedas de ouro de aproximadamente 3,5 g, os florins ou cequins, que seguiam o padrão dos besantes do Império Bizantino e dos dinares árabes. A Inglaterra tentou nessa mesma época cunhar uma moeda de ouro chamada gold penny (de 2,892 g, valendo 20 pence de prata ou Ð 80) em 1257, mas não teve aceitação.

O desenvolvimento do comércio e a ascensão da classe burguesa também trouxe, porém, desequilíbrios comerciais e financeiros, inflação e desvalorizações. O penny da então relativamente isolada e atrasada Inglaterra resistiu melhor que a maioria de seus similares no continente europeu. Na primeira cunhagem onde os pesos foram cuidadosamente atestados por documentos históricos, de 1247, uma tower pound de prata esterlina (isto é, com título de 92,5%), de 349,9144 gramas, rendia 242 pence (que, portanto, tinha 1,446 gramas) mas em 1275 cada penny passou a ter apenas 1,44 g de prata (1/256 de tower pound).

Em 1279, o Reino da Inglaterra declarou com seu único padrão monetário a moeda de prata esterlina cunhada no país, pois a maioria das moedas do continente tinham reduzido seu título para 80% (e em alguns, como Portugal, o dinheiro já estava reduzido a uma mera moeda de cobre), porém, mais tarde, as desvalorizações tiveram que ser retomadas: em 1346 para 1,296 g (1/288), em 1351 para 1,1664 g (1/320), em 1411 para 0,972 g (1/384), em 1464 para 0,7776 g (1/480).

O penny foi novamente desvalorizado em 1526 e ao mesmo tempo a unidade de peso deixou de ser a tower pound para ser a troy pound, de 373,242 g. O penny 1/540 da troy pound ou 0,6912 g. Em 1544, 0,648 g (1/576) e em 1551 0,5184 g (1/720). No final do processo, o penny ou sterling perdeu dois terços do seu peso original, mas a soma de 240 pence continuou a ser chamada de libra esterlina (sterling pound), mesmo se, na realidade, passou a pesar apenas um terço de libra troy.

Em 1344, o rei inglês Eduardo III havia contratado dois florentinos para cunhar as primeiras moedas de ouro inglesas: double leopard ou florim (72 pence, que na época tinham poder aquisitivo de cerca de Ð 324), leopard ou meio florim (36 pence) e helm ou quarto de florim (18 pence). Porém, esses valores nominais (que supunham uma relação ouro/prata de 1/12,4) eram superiores ao seu valor intrínseco em ouro segundo os preços da época (1 parte de ouro valia 11,16 de prata) e os mercadores as rejeitaram. O rei tentou novamente em 1351 quando reduziu o peso das moedas de prata e introduziu as moedas de ouro chamadas noble (de 80 pence, com 7,78 gramas de ouro, com poder aquisitivo de aproximadamente Ð 280), meio noble e quarto de noble ou ferlin, que tiveram mais sucesso. Ele introduziu também a versão inglesa dos grossus, que em inglês tornou-se groat, também de 4 d (cerca de Ð 14) e 6,3 g de prata.

Em 1552, sob Eduardo VI, foi cunhada na Inglaterra uma moeda de ouro no valor de 240 d – originalmente equivalente, portanto, a uma libra esterlina – que inicialmente foi conhecida como soberano por ter a efígie do soberano em seu reverso, de 1604 a 1662 como unite (unida) em homenagem à união entre Inglaterra e Escócia e a partir de 1663 como guinéu (que representamos por g.) por ser cunhada com metal proveniente da Guiné. O rei também introduziu a cunhagem de moedas de ouro de 30 d (half crown ou meia coroa), 60 d (crown ou coroa), 120 d (angel ou meio soberano), 180 d (royal rose, também conhecida como riyal) e 360 d (conhecida como heavy sovereign, "soberano pesado"); de moedas de prata nos valores de 30 d e 60d (meia coroa e coroa, esta pesando originalmente uma onça troy de prata esterlina). e, a partir de 1561, de 1 s (shilling ou 12 d) e suas frações binárias (¾, 1½, 3 e 6 d).

Nas décadas seguintes, com a introdução de novas técnicas de mineração e a entrada no mercado europeu de enormes quantidades de prata provenientes do Novo Mundo, a prata começou a perder seu valor em relação ao ouro. Alguns países, como Portugal, mantiveram estável o valor em ouro de sua moeda por mais um século. Já na Inglaterra, manteve-se o peso do já desvalorizado penny de prata, mas a partir de 1601 o guinéu de ouro começou a emagrecer. De 11,31 g de ouro de 22 quilates, passou em 1601 a 11,14 g, em 1604 a 10 g, em 1619 a 9,12 g, em 1623 a 9,10 g, em 1663 a 8,53 g, em 1670 a 8,3875 g.

Ao longo desse processo, a relação entre os preços do ouro e da prata também se modificava, de forma que a relação de valor entre o guinéu e o penny variou para baixo e para cima: chegou a cair dos 240 d iniciais para 160 d e subir depois para mais de 300 d, até ser estabilizada em 1717 por Sir Isaac Newton (então na função de presidente do Banco da Inglaterra) em 252 d por guinéu.

A paridade definida por Newton, porém, pressupunha que uma parte de ouro seria equivalente a 15,2 partes de prata, relação que o mercado não manteve por muito tempo. Nas décadas seguintes, o valor da prata no mercado voltou a subir, de forma que passou a valer a pena derreter as moedas de prata e vender o metal na forma de lingote. O resultado foi que essas moedas quase desapareceram da circulação. O resultado foi que o Reino Unido, quase por acaso, tornou-se o primeiro país do mundo a utilizar, o ouro, na prática, como padrão de valor, situação que foi formalmente reconhecida em 1774 quando deixou de ser obrigatório aceitar moedas de prata no pagamento de somas significativas.

Apesar da estabilização do guinéu em 252 d, continuava-se a contabilizar somas usando a velha libra esterlina de 240 d. A coexistência de duas unidades monetárias diferentes acabou mostrando-se desnecessariamente confusa, mesmo para os britânicos. Em 1817, uma nova reforma monetária aboliu o guinéu e o substituiu por uma nova moeda de ouro de 7,9881 g de 22 quilates valendo novamente 240 d, ou seja, uma libra esterlina e conhecida também como sovereign (soberano). Foram também cunhadas novas moedas de prata, dessa vez com um conteúdo de metal menor, para incentivar seu uso de forma que o penny passou a corresponder a apenas 1/792 libras de prata esterlina (0,4713 g). Em 1849, foi introduzida uma moeda de prata chamada florin (florim) valendo 1/10 de libra ou 2 shillings, visando preparar a introdução de um sistema decimal, mas o projeto não foi além disso.

De 1817 a 1913, a libra esterlina manteve-se estável e passou a ser a principal moeda nas transações internacionais, valendo 4 crowns, 20 shillings ou 240 pence. Apesar disso, manteve-se, por tradição ou esnobismo, o hábito de referir-se a uma soma de 1,05 libras (21 shillings ou 252 pence) como "guinéu". Preço de artigos de luxo com jóias e carruagens, bem como apostas em cassinos chiques se expressavam (às vezes ainda se expressam) em guinéus e não em libras.

Depois de 1913, as enormes despesas do Reino Unido com a I Guerra Mundial desequilibraram de tal forma o orçamento que foi preciso suspender a conversibilidade em ouro, o que fez as moedas de ouro desaparecerem da circulação. A tentativa de restaurar a conversibilidade entre 1925 e 1931 foi desastrosa. A desvalorização da libra tornou-se irreversível e ela perdeu sua condição de principal moeda internacional para o dólar norte-americano. A partir da II Guerra Mundial, a inflação acentuou-se: em 1948, a tentativa de fixar o valor da libra em US$ 4,03 fracassou a moeda só se estabilizou (temporariamente) no valor de US$ 2,80.

Além disso, em 1971 os tradicionalistas britânicos acabaram jogando a toalha e aceitando a introdução do sistema decimal de pesos e medidas no lugar do velho sistema imperial. Com isso, também a libra esterlina deixou de valer 240 pence (simbolizados por d) para passar a ser dividida em 100 new pence (simbolizados por p). A partir de 1982, o new penny passou a se chamar simplesmente penny, continuando com o símbolo p.


http://antonioluizcosta.sites.uol.com.br/moeda_ru.htm

4 comentários:

Anônimo disse...

ola guinho?

Allyne Evellyn disse...

Salmo 121 -

1 Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?

2 O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

3 Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará.

4 Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel.

5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita.

6 De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite.

7 O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida.

8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.

Deus te abençoe e te guarde em sua viagem saiba que estás seguro pois ele cuida de ti!
Beijos!

clayton disse...

BOA SORTE HUGO!

APROVEITE!

;D

Mente Hiperativa disse...

Deixa de soberba rapaz... KKKK